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Artigos-->SUPERMAN, O DESENCANTADO RETORNO -- 23/07/2006 - 11:25 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Acompanhado de meu filho, fui ao cinema nesta última sexta-feira, 14 de julho, para assistir ao quinto episódio da saga do homem de aço. “SUPERMAN – O RETORNO”, filme que custou mais de US$ 250 milhões aos cofres da Warner, sem contar a verba com a publicidade, atraiu multidões de seguidores e curiosos à sala +1 do Cinemais, no shopping Aquarius de Marília, Estado de São Paulo.



Meu filho, de apenas 07 anos, não conhecia o superman de outrora, interpretado por Christopher Reeve, por isso ficou meio perdido com a história, sem saber o que estava acontecendo, afinal, o reinício da trama acontece quase 20 anos depois de “Superman IV – Em busca da paz”, que, a julgar pelo conjunto da obra, é o pior de todos.



Todavia, antes de ir ao cinema, revi os dois primeiros episódios da série, na maratona de super-heróis que a TNT exigiu também na sexta. Qualidades e diferenças ficaram perceptíveis e até mesmo sombrias, se considerarmos como primordiais em um blockbuster dessa natureza, a interpretação de seus atores e os efeitos especiais. Reeve, um ex-modelo, quando alçado à fama em 1978, no primeiro filme, conseguiu dar ao papel um charme e uma elegância deveras impressionante, assim como almejava o público daquela época. Seu sorriso, aliado a uma interpretação descontraída, demarcada pela primorosa direção de Richard Donner, rendeu ao filme importantes prêmios, entre eles, o Oscar de efeitos especiais e o Grammy de Melhor Trilha Sonora de Filme.



Reeve encantava não pelos poderes, mas pela forma como conduzia cada ato do homem de aço; o papel parecia ter sido escrito para ele, tal a naturalidade. Já o também ex-modelo Brandon Routh, ainda que sob os cuidados de Bryan Singer, o mestre de sucessos como X-Men e X-men 2, não consegue fascinar, apesar de causar suspirinhos nas meninas. Ele é apático, sua atuação beira à caricatura, a tal ponto que em algumas cenas ele parece se perguntar: “O que estou fazendo aqui? Será que sou mesmo o homem de aço? Teria eu renascido das cinzas ou permaneço sendo a sombra daquele que encantou gerações com seu olhar perspicaz e que, por infortúnio do destino, caiu de um cavalo e morreu recentemente?” As dúvidas são muitas! Mas o diretor sabe conduzi-las com habilidade ao impedir que o garoto fale mais do que cinco ou dez palavras por diálogo. Cá para nós, Routh está mais para Ricardo Macchi, o eterno intérprete do cigano Igor, de Glória Perez, do que para o homem cujos poderes levam a humanidade ao delírio há décadas.



Por falar em superpoderes, lá estão todos eles, modernizados. E é justamente neste quesito que me atenho ao afirmar que o diretor age com habilidade, afinal, se o “garotinho” ainda é tímido para falar, que venham as cenas de ação extremada sanar as deficiências interpretativas. E que ação! Meu filho roeu quase todas as unhas de tanta ansiedade! Provavelmente, virão novos Oscars para os mesmos quesitos da saga de 1978.



Mas há também um outro ponto negativo, talvez pior até mesmo que a interpretação do estreante Routh. Para quem acompanhou todas as tramas e viu no papel de Lex Luthor o fantástico Gene Hackman, não se conforma com a atuação pouco marcante de Kevin Spacey. A ele falta aquela “maldade” graciosa de Hackman, aqueles trocadilhos postados nos momentos certos, sem falar de seus capangas... O que são eles neste novo trilher? Há trinta anos, eles tinham personalidade, participavam das mais ardilosas armadilhas para o superman; na atual versão, não passam de macaquinhos de circo, sem qualquer gracejo adicional.



E a nova Lois Lane de Kate Bosworth? Bonitinha, mas insossa! Diferentemente daquela vivida por Margot Kidderl, que tanta raiva nos causava ao afrontar à sociedade e ao super-homem com suas provocantes alfinetadas. Quanta saudade!



Foram quase vinte anos e quatro diretores diferentes até que o 5º filme do Superman saísse do papel, portanto, fãs veteranos do Superman ou novos como meu filho - que saiu do cinema sonhando um dia poder voar como o único herdeiro vivo de Jor-El, não fiquem chateados com este humilde artigo, até porque, o filme não é todo ruim; há momentos gloriosos como aquele em que o homem de aço é socorrido por mãos humanas e decretado morto por uma equipe médica desconhecedora das mais íntimas e duradouras formas de vida do planeta Krypton.



Por isso a continuidade se faz necessária, afinal, como ficará o filho do Superman? Será também perseguido pela mente ardilosa de Lex Luthor e se entregará às dúvidas de sua existência, assim como o fez seu pai, ao abandonar a pobre Lois em plena gravidez? E quanto à kriptonita: terá nele os mesmos efeitos que no pai, haja vista ele ser um misto de ser humano com alienígena? É segurar a curiosidade e aguardar a próxima aventura para conferir as respostas.

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