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Infantil-->PERCEBENDO A ONIPRESENÇA DIVINA -- 13/06/2008 - 18:12 (GERMANO CORREIA DA SILVA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

PERCEBENDO A ONIPRESENÇA DIVINA



A igreja frequentada pela família do garoto Péricles Norivaldo Boaventura Lopes estava repleta de fiéis. As pessoas ali presentes estavam todas com a atenção voltada para o assunto que estava sendo falado naquele momento pelo líder religioso local, que era a construção da torre de Babel.



Dizia, naquela oportunidade, fazendo uso das palavras constantes do capítulo 11, inciso 4, do livro de Gênesis, o que pretendiam os homens, com a construção dessa torre: “vinde, façamos para nós uma cidade e uma torre, cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra”; após a leitura desse trecho bíblico, ele afirmou para seus fiéis que a torre de Babel foi uma grande conquista humana, certamente, uma grande maravilha do mundo.



Disse, ainda, que apesar da sua beleza como monumento para o mundo de hoje, a sua construção naquela época representava um pecado contra o Senhor, pois visava apenas engrandecer as pessoas e não a Deus.



Igualmente, afirmou que era comum naquela época, a construção de templos em forma de torre, cuja intenção principal era oferecer aos veneradores um lugar entre o céu e a terra para eles encontrar seus deuses.



E prosseguiu naquela sua pregação dominical, dizendo que podemos construir monumentos para nós mesmos, a fim de chamarmos a atenção para nossas realizações, e que estas coisas podem não estar erradas em si mesmas, mas quando as utilizamos para promover nossa identidade e valor, elas tenderão a tomar o lugar de Deus na nossa vida.



Acabou por afirmar que somos livres para prosperar em diversas áreas, mas jamais devemos pensar em tomar o lugar de Deus, lá no Céu.



Aquela pregação se prolongou por mais alguns minutos, deixando todos os fiéis contentes e, sobretudo felizes com o que tinham acabado de ouvir.



O garoto Pé no Bolo, como carinhosamente o tratam na sua igreja, sempre atento e aplicado aos ensinamentos religiosos, voltou para sua casa feliz, mas tinha algo martelando na sua cabeça. Não entendia como os homens tentariam chegar ao Céu, um lugar tão longe, por meio de uma torre.



Por outro lado, com base na sua percepção pueril, relacionada às noções de grandeza, tais como “perto e longe”, “grande e pequeno”, “alto e baixo”, isso não seria tão difícil, em se considerando o inigualável poder de Deus.



Apesar do seu temperamento irrequieto e arteiro, ele tem se destacado como um garoto muito observador capaz de, em poucos minutos de reflexão, tirar suas próprias conclusões, visando à resolução de questões de naturezas variadas.



Como era de se esperar, ele não ficou ali parado, remoendo a sua dúvida; sem muita perda de tempo, procurou o seu pai e foi logo lhe questionando:



- Meu pai, é verdade que o Céu fica muito longe daqui da terra, onde todos nós estamos agora? E o que farão as pessoas que não puderem construir suas torres, para chegarem até lá?



O pai dele entendeu aquela mensagem, disposta em forma de questionamentos, como sendo uma referência à falta de um maior entendimento acerca de tudo o que havia sido dito na  sua igreja durante o culto dominical. Para não o deixar sem uma resposta imediata e convincente, disse que o Céu poderia ser perto ou longe e que isso iria depender dos atos e ações praticados pelos homens aqui na terra.



O garoto assentiu, positivamente, com um balançar de cabeça, como se tivesse aceitado aquela resposta como verdadeira e definitiva, mas voltou a contradizer o seu pai, desta feita de uma forma mais contundente.



Relatou um fato ocorrido recentemente no seio de sua família, o que certamente faria cair por terra aquela necessidade de o homem ter de sair da terra para se encontrar com Deus, lá no Céu, utilizando, para tanto, os recursos oferecidos por uma torre, e assim falou:



- Papai, deve estar havendo algum engano de alguma parte, no que diz respeito ao esforço dependido pelos homens para construírem torres, para através delas se tornar mais fácil falar com Deus, pelas seguintes razões:



Dia desses, antes de eu ir dormir, ouvi perfeitamente a minha avó falando com Deus. Foi uma conversa meio às escondidas, lá no quarto dela. E ela não estava ao telefone nem nas conversas pela Internet; parecia que Deus estava bem ali, perto dela, e aquele diálogo parecia muito sério. Durante sua oração ela fazia alguns pedidos para Ele e pelo que eu pude perceber Ele estava, ali, ao vivo, muito próximo dela.



- Sabe papai, eu acho bom o senhor tentar me explicar isso, com mais detalhes - disse sorrindo - pois de acordo com a conversa que eu ouvi entre ela e Deus, eu tenho certeza de que o Céu, que é morada de Deus, está muito perto de nós, aqui na terra. Portanto, aquela história dos homens construírem torres para chegarem lá no Céu e ficarem mais perto do(s) seu(s) Deus(es), conforme o homem da igreja nos contou hoje, deve ser coisa do passado e eu posso lhe explicar: 



- Todos os dias, durante suas orações, ela tem demonstrado que para se falar com o nosso verdadeiro Deus não é preciso a construção de nenhuma torre; poderemos fazê-lo aqui mesmo, em qualquer lugar, e nos momentos que nós estivermos a necessitar da ajuda dEle, evidentemente. Ademais, há já algum tempo, eu venho percebendo que Deus tem estado presente, ao mesmo tempo, em todos os lugares e momentos em que eu precisei falar com Ele. E, com o semblante muito emocionado, finalizou aquela conversa familiar, pediu que seu pai o abençoasse, indo dormir em seguida.


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