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Artigos-->Língua brasileira... Será?! -- 09/07/2006 - 11:02 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Moro na Eterna Capital

Deste País Tropical

- O Rio de Janeiro -

Caloroso

Calorento

E belo...



Tentei

De todas as formas

Cultivar hortênsias...



Percebo que elas tentam

Também de todas as formas

Adaptar-se ao calor

E florescer...



E até conseguem!

Mas o colorido de suas pétalas

E o tamanho de seu buquê

Não se comparam às hortênsias

Do Sul

Lindas!

Viçosas!

Magníficas!



Foi então que resolvi

Cultivar rosas

De todas as cores

E tamanhos...



E as roseiras

Florescem de forma agradecida

Por enfeitarem meu jardim

Num arranjo mágico

Com as outras flores...










Este texto é uma resposta a uma leitora querida

cujo nome preservo pois a pergunta foi enviada por e-mail...

E como tudo que pode trazer alguma informação útil

- no meu entender, claro -

eu acabo por dividir com meus leitores e amigos.

quem sabe

algum benefício trará

como de outras vezes?



Apenas isso já valerá a pena o correr de meus dedos sobre estas teclas mágicas... Divinas...






EXISTE UMA "LINGUA BRASILEIRA?"

Prof. Sérgio Nogueira Duarte





Vou tentar responder objetivamente e com a maior simplicidade possível. Aqui no Brasil, nós ainda falamos a língua portuguesa. Temos, na minha opinião, um falar brasileiro, que seria um modo brasileiro de usar a língua portuguesa.



É importante lembrar o que afirmaram alguns estudiosos: o professor Antenor Nascentes não falava em língua brasileira, e sim em "idioma nacional"; o mestre Gladstone Chaves de Melo falava em língua comum e variantes regionais; e o grande filólogo Serafim da Silva Neto afirmou que o português culto do Brasil é quase igual ao português culto de Portugal. Isso significa, portanto, que as diferenças maiores estão na linguagem do dia-a-dia.



O jornalista Barbosa Lima Sobrinho, no livro A língua portuguesa e a unidade do Brasil , resume bem: "Em poucas palavras, existe unidade na variedade de normas e de usos lingüísticos. E isso porque, se os morfemas gramaticais permanecem os mesmos, a língua não mudou, a despeito de qualquer variação de pronúncia, de vocabulário ou mesmo de sintaxe."



O que existe na verdade são variantes lingüísticas:



- variantes geográficas: nacionais (Brasil, Portugal, Angola...) e regionais (falar gaúcho, mineiro, baiano, pernambucano...);



- variantes socio-econômicas (vulgar, popular, coloquial, culta...);



- variantes expressivas (linguagem da prosa, linguagem poética).



Quem estiver interessado em ver o assunto analisado com maior profundidade poderá consultar os respeitadíssimos Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo , e a Moderna Gramática Portuguesa do nosso querido e eterno mestre Evanildo Bechara.



O importante mesmo é respeitar as diferenças, sejam fonéticas, semânticas ou sintáticas. Vejamos rapidamente algumas diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal.



Uma diferença fonética bem "visível" é a pronúncia da vogais. Aqui no Brasil, nós pronunciamos bem todas as vogais, sejam tônicas ou átonas. Em Portugal, a tendência é só pronunciar bem as vogais tônicas. As vogais átonas são verdadeiramente átonas (= fracas). Uma conseqüência disso é a colocação dos chamados pronomes átonos (me, te, se, o, lhe, nos...). Em Portugal, por ter a pronúncia fraca, não se põe o pronome átono no início da frase: "Dê-me um cigarro"; no Brasil, como as vogais átonas são pronunciadas como se fossem tônicas, não temos nenhuma dificuldade em pôr os pronomes átonos no início da frase: "Me dá um cigarro". É assim que o brasileiro fala. E quando me refiro ao brasileiro, estou falando do brasileiro em geral, de todos os níveis sociais e culturais. Não estou fazendo referência ao "povo" com aquela conotação pejorativa e discriminatória que alguns ainda atribuem à palavra.



Diferenças semânticas existem muitas. Algumas famosas já viraram até piada. Em Portugal, "uma bicha enorme" não é nada mais do que "uma fila imensa", sem nenhuma outra conotação que algum brasileiro queira dar.



E diferenças sintáticas também existem. No Brasil, nós preferimos o gerúndio ("Estamos trabalhando"); em Portugal, preferem o infinitivo ("Estamos a trabalhar"). No Brasil, gostamos da forma "você"; em Portugal, usam mais o pronome "vos": "Se eu lesse para você" e "Se eu vos lesse". Aqui "falar consigo" é "falar com si mesmo"; em Portugal "falar consigo" é "falar com você". Em Portugal, é freqüente o uso de "mais pequeno"; no Brasil, aprendemos que o certo é falar "menor", que "mais pequeno" é "errado".



E assim voltamos ao ponto de partida: a eterna briga do certo e do errado. Espero que me perdoem pela repetição, mas não é uma questão simplista de certo ou errado. É uma questão de adequação. Usar "mais pequeno" no Brasil é tão inadequado quanto iniciar uma frase com um pronome átono em Portugal.



Por que eu teria de afirmar que alguém está falando "errado" quando o carioca fala "sinal", o paulista prefere "farol" e o gaúcho usa "sinaleira"? Afinal das contas, é tudo semáforo.



(Jornal do Brasil - 25/06/2000)








A própria língua, como ser vivo que é, assim como a hortênsia,

decidirá o que lhe importa ASSIMILAR

ou RECUSAR.

A língua mastiga

e joga fora inúmeros arranjos

de frase e vocábulos.

Outros, ela absorve e integra a seu modo de ser...



Porém, tanto a língua, quanto a flor

jamais serão iguais ao seu

"lugar de origem"

e pela própria natureza vão-se adaptando

e vencendo as barreiras que surgem

adquirindo a feição do novo lugar...







Vergílio Ferreira “Em defesa da língua”

- trecho adaptado por Milazul -










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