São cinco horas, mais uma vez meus netos deram-me o “sereno”, sorte a minha posso levantar-me sem incomodar a ninguém, vou ao banheiro onde encontro no jornal local a coluna do Dr. João Carlos Herberle. Ele fala sobre a pitada de sal que sua avó colocava nos bolos para realçar o seu sabor e dali traça comentários sobre a atuação de parreira na Copa do Mundo, perguntando-se se não faltou a pitada de sal no nosso time. Do banheiro venho direto a este teclado.
Não entendo e não gosto de futebol, nem ao menos sei a forma correta de grafar esta palavra. Se Karl Marks, fosse vivo, diria que a religião e o futebol são o ópio do povo, alguém comenta quanto custou o Maracanã? Ou se pergunta se já foi pago? Penso que dizer isso custou a carreira de Marodana. A descoberta de uso de dope aconteceu justamente pouco após uma entrevista onde ele colocava isso. Talvez por não entender eu não goste. É difícil agente amar o desconhecido. Essa ojeriza me acompanha desde a infância. Na juventude fui freqüentador assíduo dos campos de futebol do Capão Leão, era o único local de encontro dos jovens, eu ia atras de outras coisas, das meninas e acabava saindo do campo sem saber quem ganhou nem quem tinha jogado.
Uma vez isso me custou muito caro. Setenta e duas voltas correndo na pista em torno do campo de futebol da Escola Técnica. Eu dissera ao professor de educação física que jogar uma bola no campo era matar aula e, ele me colocou a correr durante todo o período da aula.
Há muitos lá em Antônio Prado eu vi alguém brincar com o Dr. Pedrinho Panassolo, que o time Nova Roma era bom só faltava alguém explicar-lhes que aqueles três pauzinhos la na ponto do campo era para colocar a bola entre êles. Naquele tempo Nova Roma era um distrito de Antônio Prado e ele Vice-prefeito. Alias o Prefeito de fato. Waldomiro Bochesse era simplesmente decorativo. Quem realmente comandava a prefeitura era ele. Na minha ignorância futebolista eu não entendi a piada com não entendi alguém dizer que o goleiro da frança poderia ter ficado dormindo bêbado, durante a partida.
A crônica do nosso ilustre doutor é repleta de criticas ao treinador. Onde ele não tem o privilégio de ser único. O Brasil é unanime nesse julgamento. Como no caso da demanda juridica entre o céu e o inferno onde o céu não tinha defensor ele também não tera. Como também não tera jurados cada brasileiro será um promotor publico. E eu que passei trinta anos numa estatal fico me perguntando:
Será que ele errou sozinho?
Será que a escalação foi só pelo seu conhecimento? Ou ele ouviu as influencias externas? As forças ocultas como dizia o presidente Jânio Quadros.
Com que comprometimentos ele terá chegado lá?
Como foi a sua escolha para técnico? Foi só pela sua capacidade ou também teve QI (quem indica)?
Se o gerente da CEEE era indicado pelos políticos por que nesse caso eles concordariam em isentar-se?
Em frases de abertura do “Ultimo Chefe do Crom” eu colquei esta frase:
“ O diabo tenta a todos os homens menos aos preguiçosos que tentam o diabo.”
(Frase apresentado no Programa do Varela na radio Independente)
Mas ao escrever este artigo peço licença, em pensamentos, ao ilustre apresentador para melhor adequa-la dando-lhe um maior realismo:
“O diabo tenta a todos os homens menos politico que tentam o diabo.”
