Costumo dizer - e os lúcidos sabem muito bem - que no Mundinho Virtual, infelizmente, aparecem alguns seres de estirpe "excêntrica", esses que esapam de alguma camisa-de-força, vão passando, tentam mostrar-se de todas as formas e, depois, acabam se cansando de si mesmos e desaparecem como poeira no deserto...
Sim...
Por outro lado, porém, outros existem que justificam nosso afinco de escrever.
A leitora em questão cujo comentário transcrevo a seguir poderá elucidar o que tenciono dizer:
Mensagem referente ao texto
Breve resposta para Torre - Redação.
Enviado Por: Bárbara
Da cidade : São Paulo
Parabéns, Milazul !!
Gostei da sua argumentação. Fez-me lembrar do
poema de Oswald de Andrade (abaixo para a sua
lembrança) em que ele transmite (pelo menos para
mim) a idéia de que a ênclise com o verbo no
imperativo é praticamente exclusiva do padrão
culto e formal da nossa língua e, como tal,
indica a fala de pessoas mais "letradas".
Porém, a próclise com o verbo no impereativo e
início de frase é popular, e indica a fala de
pessoas espontâneas e sem afetação.
Veja:
"Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro"
Parece que Oswald de Andrade está dinamitando a
gramática, mas é assim que o povo se comunica.
Abraços
Bárbara
Quando, por alguma razão, publico e-mails de amigos ou leitores sempre lhes dou nomes fictícios, mesmo assim, com a devida autorização dos autores.
Entretanto, o deste artigo é de teor tão carismático que dispensa ocultar o verdadeiro nome de sua destinatária, uma vez que trata de assunto plenamente informativo.
E lhes afianço, caros amigos:
É por pessoas assim que - ainda - vale a pena navegar na Internet "apesar dos pesares"...