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Cordel-->Na Feitura de Iaôs de Paulo Nunes Batista -- 30/11/2002 - 19:24 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na Feitura de Iaôs
Paulo Nunes Batista

No sábado, dia 12
De chuva, mês de janeiro
De 91, assisto
Ao ritual no Terreiro
ILE AXÉ de XANGÔ-
Que em Anápolis plantou
O Candomblé brasileiro

É Gabino de Itabuna,
Terra quente da Bahia,
Quem me recebe na Noite
Que é de Festa e de Alegria:
Da Casa, em novas colheitas,
Vemos três “cabeças feitas”
Nos rituais da Magia.

Presenças de Castro Alves
Dono da IMAGEM ATUAL,
M/ae de Santo Terezinha,
Que conhece o Ritual...
E, através de Terezinha
Para a Festa da Mazinha
Fui convidado, afinal

Três Santos foram baixados-
Deram os nomes na função.
Os atabaques cantaram
No Toque da Saudação.
No Terreiro iluminado
O povo assiste, encantado,
A esta iniciação.

Médium de cabeça feita
Tem proteção do Orixá-
Deve tratar do seu Santo,
Seja Xangô, seja Oiá,
Ogum, Oxossi, Iansã,
Oxum, Iemanjá, Nana,
Obaluaiê, Oxalá...

O peji todo enfeitado
De folhas, flores e Santos;
No chão verde – folhas verdes;
Folhas por todos os cantos,
Folhas por todos os lados...
E os médiun paramentados
Dão mais encanto aos Encantos.

A Ialorixá da tenda
É Ozanan de Oxum.
A feitura da Iaô
Segue na Paz de Olorum.
E a três dias para a guerra-
Que tragam Paz para a Terra
Pedimos a Zambe e Ogum

Todos atiram pipocas
Ao velho Obaluaiê,
Enquanto fazem pedidos
Na Fé e na lei de Ilê.
Angola, Gêge e Nagô
No Ilê Axé de Xangô...
Para Exu fez-se o padê.

Da Mãe África distante
É o Canto, é o Rito, é a Fé-
As Forças da Natureza
Que, na magia do Axé
Fazem a Noite anapolina
Se encher de Força divina
Na Festa do Candomblé.

No Ilê Axé de Xangô
Se canta pros Orixás,
Se dança a Dança dos Santos
E bela a Festa se faz.
E ao som de cada Atabaque-
Em vez de guerra no Iraque-
Para o mundo eu peço Paz!...

Anápolis 13/01/1991

Notícia Rápida sobre Paulo Nunes Batista:
Paraibano radicado em Goiás (Anápolis), morou em cerca de vinte cidades do Brasil, inclusive nas maiores capitais (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, além de Goiânia e João Pessoa), exercendo atividades desde cobrador de ônibus, trabalhador braçal até jornalista e professor, sendo aposentado do Fisco de Goiás, onde ingressou por concurso público.
Militou no PCB de 1946 a 1952, época em que foi preso político em São Paulo, como redator que era do diário HOJE, arbitrariamente fechado por um IPM. Nunca foi torturado, mas assistiu à tortura de preso quando de sua outra prisão, em Recife. Como jornalista vem denunciando e protestando contra sevícias a presos, políticos ou comuns. Vem há muitos anos publicando artigos, crônicas, reportagens e poesias na imprensa de Goiás, do Brasil e de Portugal.
PNB é autor de seis livros e mais de 140 folhetos de cordel, editados a partir de 1949. Em 1961 tornou-se espírita e vem colaborando na imprensa doutrinária desde então. Tem vários outros livros prontos para publicar (O Cordel Iluminado, Cantos de Pedra e de Flor etc) e continua produzindo. É formado em Direito.



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