Para Sampaio, nos seus 65
Paulo Nunes Batista
No dia 4 de outubro
Nasceu Francisco de Assis.
Na mesma data Sampaio,
Veio ao mundo, que Deus quis.
Sendo o Dia da Poesia,
Quem nasce nele é feliz.
São Francisco, o Grande Santo,
Foi cristão e foi Poeta.
Sampaio, o grande Boêmio,
No dia de hoje completa
Seus 65 outubros
Procurando o alvo da meta.
Pois, Deus quando solta a seta
Traça o rumo do destino.
São Francisco, italiano.
Já Sampaio, nordestino,
De Correntina, Bahia,
Um cabra bom correntino
Se alguém chamar por Eneuses
Talvez que haja atrapaio...
Mas é Eneuses o nome
Verdadeiro do Sampaio,
Que sola, acompanha e canta
Sem precisar que haja ensaio.
Sampaio reforma móveis
Com perícia e maestria.
Porém, pra fazer seresta,
Troca à noite pelo dia,
Que a música manda nele
Com toda soberania.
Que São Franciscoé seu Guia,
N/ao consigo duvidar.
Sampaio canta na noite
Para as almas alegrar.
Chegou aos 65
Que possa dos 100 passar.
Cantar, tocar e brincar –
Isso é uma prova de amor.
A Música e dom divino.
Sampaio, o nosso cantor,
Ganha hoje os parabéns
E recebe o meu louvor.
Saúde, paz, alegria!
E que São Francisco assista
Sampaio, em todas as horas
De sua vida de artista,
Deseja, em nome de todos,
O Paulo Nunes Batista.
Bar do Sampaio: Anápolis: 04/10/2001.
Notícia Rápida sobre Paulo Nunes Batista:
Paraibano radicado em Goiás (Anápolis), morou em cerca de vinte cidades do Brasil, inclusive nas maiores capitais (Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Recife, além de Goiânia e João Pessoa), exercendo atividades desde cobrador de ônibus, trabalhador braçal até jornalista e professor, sendo aposentado do Fisco de Goiás, onde ingressou por concurso público.
Militou no PCB de 1946 a 1952, época em que foi preso político em São Paulo, como redator que era do diário HOJE, arbitrariamente fechado por um IPM. Nunca foi torturado, mas assistiu à tortura de preso quando de sua outra prisão, em Recife. Como jornalista vem denunciando e protestando contra sevícias a presos, políticos ou comuns. Vem há muitos anos publicando artigos, crônicas, reportagens e poesias na imprensa de Goiás, do Brasil e de Portugal.
PNB é autor de seis livros e mais de 140 folhetos de cordel, editados a partir de 1949. Em 1961 tornou-se espírita e vem colaborando na imprensa doutrinária desde então. Tem vários outros livros prontos para publicar (O Cordel Iluminado, Cantos de Pedra e de Flor etc) e continua produzindo. É formado em Direito.
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