divulgação ) - Poeta Fabrício Carpinejar em Belo Horizonte.
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From: Abilio Terra Júnior
LITERATURA
Novos caminhos da escrita
Fabrício Carpinejar, conhecido pela poesia, estréia na prosa com livro de
crônicas, que lança hoje em BH
Carlos Herculano Lopes
Renata Stotudo
O gaúcho Fabrício Carpinejar destaca as novas poetas mineiras na cena
contemporânea brasileira
Em contagem regressiva para comemorar o seu primeiro aniversário no próximo
mês, o projeto Terças Poéticas, coordenado pelo escritor Wilmar Silva e
realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, através do Suplemento
Literário de Minas Gerais, terá como convidado de hoje o poeta gaúcho
Fabrício Carpinejar. Nascido em Caxias do Sul, em 1972, formado em
jornalismo e mestre em literatura brasileira, ele vai falar de sua obra e
fazer uma performance poética, além de lançar seu mais recente livro, o
volume de crônicas O amor esquece de começar, que marca a sua estréia no
gênero. "Acho que as crônicas são um estado de espírito, ao contrário do
romance, que é uma sucessão de estados de espíritos", diz Carpinejar. Ele
confessa ter começado a escrevê-las por acaso, no seu blog (www.
carpinejar.blogger.com.br), e como as respostas foram as melhores possíveis,
resolveu lançá-las em livro.
Para ele, um ardoroso defensor de ferramentas como a internet na divulgação
da literatura, linguagens como as dos blogs, de uns tempos para cá, estão
evoluindo positivamente. "Elas deixaram de ser apenas biográficas, com os
escritores falando somente de suas próprias vidas, e estão se tornando mais
interessantes. Fico imaginando que autores como Fernando Sabino, Paulo
Mendes Campos e Rubem Braga se estivessem vivos, também estariam usando
blogs para divulgar seus trabalhos", diz Carpinejar.
Embora esteja lançando um livro de crônicas, pelo menos por enquanto ele não
pensa em seguir adiante e partir para a ficção, já que a sua prosa, no seu
entender, ainda está impregnada do poético. "Não tenho a menor intenção de
disfarçar nenhum gênero. Gosto deles bem límpidos, e se um romance é uma
promoção para o escritor, como muitos pensam, vou continuando no meu canto,
como um soldado raso da poesia", brinca.
Carpinejar conta que em suas andanças pelo Brasil tem se surpreendido com a
quantidade de bons poetas, principalmente entre as mulheres. "Só para ficar
aí em Minas, tem me impressionado muito, por exemplo, a escrita de Mônica de
Aquino, Ana Elisa Ribeiro e Silvia Rubião. É tanta gente boa escrevendo, que
acho até que seria injusto - e desproporcional - ficar apenas no nome de
Adélia Prado, quando falamos da poesia brasileira contemporânea. Acho que
seria injusto, inclusive, para ela própria, já que foi Adélia, sem dúvida,
quem preconizou e abriu espaços para fermentar novas vozes", afirma Fabrício
Carpinejar.
Terças poéticas
Com Fabrício Capinejar, hoje, a partir das 18h30, nos jardins internos do
Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1.537. Entrada franca.
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