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Artigos-->Circuito turístico -- 28/05/2006 - 10:22 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Circuito turístico





Nas duas únicas vezes em que estive em Curitiba na condição de turista fiquei muito bem impressionado com a cidade, com seu transporte urbano, as belas praças e tantas outras atrações destinadas aos que vêm de fora e aos moradores.

Mas, uma coisa em especial me agradou. Trata-se do circuito turístico que os visitantes têm a oportunidade de realizar, em ônibus com ar condicionado, confortáveis.

O passeio dura duas horas e consiste na visita a cerca de vinte e dois locais, a maior parte deles os admiráveis parques existentes na metrópole.

Quando fiz esse circuito pela primeira vez, o bilhete custava oito reais (agora são quinze) e lhe dava o direito de saltar em até quatro paradas e permanecer o tempo que desejasse.

A cada meia hora um ônibus sai da praça Tiradentes, no centro, para o percurso que, como disse, leva duas horas. São, portanto, quatro veículos no serviço.

Quando você salta em algum local tem o direito de voltar ao ônibus no horário que lhe convier, pois todos fazem parada nos mesmos pontos.

A um preço barato, o turista tem a chance de conhecer as principais atrações de Curitiba, entre elas notadamente o Teatro Ópera de Arame, o Bosque Alemão, o Zoológico, o Barigui, o bairro de Santa Felicidade, onde geralmente fica para almoçar, o belíssimo Jardim Botânico, e o Museu Oscar Niemeyer, o maior do país.

Não sei ao certo quem é responsável por essa linha turística, mas acredito que seja a Prefeitura.

Pois bem, quando voltei à Bahia, depois de um desses passeios, falei com amigo que é alto funcionário municipal, servindo bem próximo ao prefeito e ainda mandei uma carta para o proprietário de uma empresa de ônibus sugerindo que se fizesse aqui alguma coisa semelhante.

Por puro preciosismo cheguei a lembrar algumas atrações de nossa bela capital, locais certamente procurados pelos turistas, a exemplo do Campo Grande, com o Teatro Castro Alves, do Elevador Lacerda, da Ribeira, da Ponta de Humaitá, da Igreja do Bonfim, do Mercado Modelo, do Museu do Unhão, do Pelourinho, do Farol da Barra, do Parque de Pituaçu, da Lagoa do Abaeté e tantos outros que enriquecem nosso patrimônio cultural.

Do empresário do ramo de transportes urbanos sequer recebi resposta à minha carta. Do amigo que trabalha na prefeitura ainda mereci a informação de que o assunto estava sendo estudado pelo setor competente.

A iniciativa que se seguiu a essa proposta consistiu em ressuscitar as antigas “jardineiras” que circularam pelas ruas de nossa cidade em tempos passados.

Mas, conquanto interessantes, esses ônibus servem igualmente à população e aos turistas e fazem o percurso das praias, numa linha de transporte regular, com a passagem custando o mesmo preço dos demais. Não têm qualquer semelhança com o que existe em Curitiba e em Porto Alegre.

Até hoje não compreendo como uma cidade com a vocação turística de Salvador, que recebe por ano dezenas de milhares de visitantes, inclusive oriundos de muitos paises, não aproveita as boas idéias desenvolvidas por especialistas de outros lugares.

Esse circuito turístico que utilizei em Curitiba é um exemplo a ser copiado, pois oferece aos viajantes, por preço conveniente, a oportunidade de conhecer, rapidamente, com conforto e segurança, as principais atrações da cidade, sem a necessidade de guia. Um simples folheto que conte um pouco da história do local e destaque o que se deve ver será suficiente para orientação do turista.

Para a entidade que promover o evento – prefeitura ou empresa privada – os custos envolvidos na operação e o investimento para aquisição dos veículos certamente serão compensados com a receita auferida com a venda dos tíquetes.

Como a coisa é muito simples e fácil de ser feita parece não ser atraente para os especialistas que tratam desses assuntos.

Salvador, 7 de maio de 2006





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