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Cartas-->A Democracia Sofre um Golpe -- 10/06/2002 - 21:58 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
COM A MORTE DO JORNALISTA TIM LOPES, ULTRAPASSAMOS TODOS OS LIMITES
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Não dá mais prá esconder; e nem pode ser negado. O Estado de direito, por omissão ou defeito, por negligência ou cansaço. Descuidou-se e abriu espaço, para o crime organizado. Pode ser a gota d’água. Quem chora seus males espanta. Mas agora não adianta. Chorar o leite derramado. Traficantes andam soltos. Ilesos, pelas cidades. Atiram em todo o mundo. Em velhos e em crianças. Gente de todas idades. São cada vez mais ousados. Da cadeia acham graça. Entram e saem a qualquer hora. Por um gole de cachaça. Com telefone celular. De lá comandam o tráfico. De lá, mandam roubar. E a coisa vai além. Às vezes mandam matar. Matam civis e militares. Ricos, pobres e políticos. Prefeitos e similares.

E a coisa vem crescendo. Ninguém parece atentar. Nada se faz a respeito. Acho, não tem mais jeito. Só se fala em eleição. Quem está na frente ou atrás. Quem está em cima ou no chão. Assim dizem as pesquisas. Pesquisas de opinião.

E quando a polícia encontra. E prende o criminoso. Tem gente que fica nervoso. Acha que houve exagero. E começa o destempero. Pelos direitos humanos. Põe-se a culpa na polícia. Por erros e desenganos. E lá se vai o bandido. Novamente em liberdade. Andando pela cidade. Enquanto o cidadão. Essa é a grande verdade. Perde sua proteção. E sofre de novo vários golpes. Do mesmo jeito recente. Torturaram e mataram. O jornalista Tim Lopes. Um homem de tantas lutas. Pela decência e liberdade. Que tanto investigou. E tanto denunciou. E que justamente por isso. Assassinado acabou.

A censura foi imposta. A censura pela força. A censura que intimida. A censura que desgosta. A pior censura de todas. A censura que cala a imprensa. Em plena democracia. A censura que alicia.. A censura de criminosos. Que matam policiais. Atiram em delegacia. Afrontam todos os poderes. Quebram todos os direitos. Em vésperas de eleição. E não se vê um combate. A tamanho disparate. Só há discursos, promessas. Fazendo sempre alusão. Ao óbvio e ululante. Dizendo que a violência ultrapassa. Os limites da razão. Mas não vem a solução.

A morte do jornalista, foi para mim a gota d’água. É o fim da liberdade. Deixou tristeza e mágoa. É o fim da segurança. Abala a democracia. Acaba com a esperança. É o máximo da covardia. De quem tem a responsabilidade. De governar a cidade. De governar a nação. Não basta subir no palanque. À cada nova eleição. Prometendo o impossível. Sem ter uma solução.

Há tempos que a coisa está feia. A corrupção anda solta. E não tem ninguém na cadeia. Que por sinal anda cheia. De criminoso comum. De quem é ladrão de galinha. Pois preso que é perigoso. Não tem medo de prisão. Fica lá por pouco tempo. E sai até de avião. Ou de lá comanda o tráfico. E quando está insatisfeito. Promove a rebelião. Faz acordo com o governo. Queima a cama e o colchão. E logo é transferido. E logo sai da prisão.

Há tempos que a impunidade, tornou-se rotina banal. Cantiga de Carnaval. A lei protege, inclusive. Aquele parlamentar, que mata ou manda matar. Que não responde a processo. Pois seus pares no Congresso. Costumam acobertar. É o que se diz na cidade. É o que se costuma falar. É a tal da imunidade. Imunidade parlamentar.

Quando são ameaçados. Procuram a solução. Caneta e papel na mão. Elaboram um projeto. Prá impedir que os promotores. Cumpram bem a missão. Denunciando o errado. Com muita investigação. Por isso alguns deputados. Fizeram a lei da mordaça. Prá calar os promotores. E todos os procuradores. Desta querida nação.

E o povo tem razão. Quem rouba galinha vai preso. Mas quem mete a mão em milhões. Jamais entram nas prisões. E o processo na Justiça. Anda lento e leva tempo. Até transitar em julgado. Até o seu esquecimento. E ninguém é condenado. E a própria CPI. Ninguém me deixa mentir. Serve de mal exemplo. Quase sempre dá em nada. Parece até marmelada. Juntam-se indícios e provas. E no final da conversa. Tem muita gente que grita. E gente que fica calado. E depois de tanto esforço. O relatório é rejeitado.

E quando se pega alguém. Burlando o painel do Senado. O regimento é usado. Renuncia ao mandato. E fica livre o culpado. Que se torna candidato. E já é o mais votado. Já na próxima eleição. E assim os anos se passam. E assim a cada eleição. A cada governo que entra. Aumenta mais a despesa. Ninguém está preocupado. Pois todo dinheiro emprestado. É por conta do fiado. E o povo desempregado. É quem vai pagar a conta. .E ainda fica calado. Dando graças a Deus. Pelo fim do apagão. Por sair da escuridão. E de novo poder assistir. A sua televisão. E ver desconfiado. O pouco que é jogado. Pela nossa seleção. Apesar do resultado. Que enganou a Nação. Parece até coisa armada. Primeiro aquele pênalti. Que não houve e foi marcado. E depois daquela jogada. Veio a China e a goleada.
E assim a violência. Continua desenfreada.


Domingos Oliveira Medeiros
Resumo do Artigo.
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