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Artigos-->Dando um Tempo -- 16/05/2006 - 15:02 (Karen Thiemi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É estranho como nossas vidas giram em torno de um grande amor quando estamos apaixonados. Tudo ao nosso redor possui um gosto da pessoa em questão: nos deparamos com sua comida predileta em restaurantes, ouvimos suas músicas preferidas no rádio, suas fotos parecem aparecer misteriosamente em locais estratégicos para que possamos admirá-la... Você se sente perseguido, e ao mesmo tempo, sofre por não poder ter aquela pessoa perto de você naquele momento exato.

Quando ocorre uma separação então, nem se fale: o desespero da possibilidade de nunca mais ver aquela pessoa ao seu lado te traz angústia 24 horas por dia. Como se ela fosse uma parte de você, fizesse parte de suas roupas, de sua pele como uma tatuagem.

Isso inclusive,é um tema muito explorado nos seriados, filmes e músicas... Pois afinal de contas, o amor que se quebrou em pedaços é algo super popular: todos já se decepcionaram com alguém ; todos já se separaram de alguém que amavam ; todos já foram abandonados, trocados por outras pessoas...enfim, todos já tiveram a oportunidade de provar o gosto doloroso de um término de um relacionamento, seja ele amoroso, familiar, ou de uma importante amizade.

Porém, existe uma diferença muito sutil entre essa popularidade e a realidade. E sinto dizer, que a realidade é muito, mas muito pior ! risos...E justamente, vivemos na realidade, e não na popularidade.

Mas calma...vamos analisar a situação: eu por exemplo, quando estou sofrendo por amor, adoro assistir o seriado Sex and the City. Afinal, é muito reconfortante assistir as bonitas, independentes e inteligentes personagens Carrie Bradshaw, Charlotte York, levando ‘foras’ de homens igualmente bonitos, ou nem tanto assim, tanto faz. Você reflete : “Viu só? Você não é a única que sofre por isso. Até elas sofrem por isso. Isso é natural”.

Porém, quando desligo a TV, volto a sentir-me mal novamente. Aquela angústia, aquela saudade terrível retorna com intensidade total.

Então, me peguei pensando sobre isso: Será que o problema sou eu ? Será que eu não sou capaz de interpretar para a minha vida a mensagem positiva que o seriado tem tentado me repassar?

E cheguei a conclusão, de que não sou eu a culpada. Simplesmente, a realidade é muito diferente de um seriado para acreditarmos.



Por isso, permaneço incrédula ao que o seriado tenta me dizer...Porém, descobri uma teoria melhor: que tal se a nossa vida se transformasse no seriado?

Afinal, a vida é nossa,e fazemos dela o que bem entendermos.

Que tal se em vez de ficarmos em casa, assistindo a seriados, vivenciássemos o que o mesmo tenta nos dizer? Que tal se tentássemos realizar o que sempre sonhamos?

Sinceramente, passando por um período de dor por uma separação é muito complicado pensarmos em realizarmos sonhos. Mas, acredito que devemos tentar fazer um esforço nesse sentido.

“ Dar um tempo”, “Terminar” um relacionamento, seja a expressão qual for...O que importa ao fim de tudo isso, é buscarmos nossa cura na própria realidade: aceitarmos o que ocorre com maturidade, e tentarmos nos levantar com dignidade.

Sei que não ocorrerá como no seriado: passeando numa rua tranqüila, um homem joga distraidamente uma bituca de cigarro,acerta você “coincidentemente”, e simplesmente, uma nova paixão ocorre entre os dois.

Mas,pode ocorrer algo para marcar o momento, como por exemplo, um beijo e um abraço de um melhor amigo que te console, um agrado de sua mãe fazendo seu prato favorito num domingo, e um simples olhar de um estranho te admirando, te mostrando que você é bonita, interessante e tudo mais.

Esses pequenos gestos podem ser o que nós todos estamos buscando quando ‘damos um tempo’. Nós estamos sim ‘dando um tempo’...Um tempo para nos amarmos de verdade, com a vida que possuímos.



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