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Poesias-->DÚVIDAS VELADAS -- 03/06/2002 - 16:46 (Maria Angela Alvares Cacioli) |
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Fito o pavio
recostado na parede da chama bêbada
da vela que oscila na brisa da noite
com cheiro de terra úmida
Flecha incandescente
- escrava de um filamento -
é clarão que chora a brotar da cera transparente
purgando lágrimas de mágoa silente
Num quarto vazio
paredes brancas mudas
revestidas de sombras bambas
não respondem às questões
que ardem em minha mente
Meus olhos
- testemunhas impotentes -
seguem a luz trêmula da vela
que vacila e morre
quando roubo o ar que lhe aviva
e fico no escuro à procura de respostas
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