Só pode ser anagrama
E com letras de bolor
Pois o Rubenio Marcelo
É um poeta de valor
Legista bom de palavra
Cordelista de tal lavra
Gênio casto e de penhor
Se Rubelo ou Martelo
Tu bate é mal da cabeça
Tanta coisa pra inventar
Não há poeta que mereça
Um carrapato enfesado
Que busca nome emprestado
Pra que o verso não pereça
Anagrama não é figura
Nem se usa na poesia
É só curiosidade
Que a criançada fazia
Aprende para ensinar
E teu tino melhorar
Melhor ficar na afasia
Bota óculos escuros
Já pensou se tu se dana
Fica tomando cachaça
Troca a Maria por Ana?
Deixa de filosofia
Que a tua palindromia
Não convence nem engana
Mas vai só exercitando
Tu até pode aprender
Um dia, quem sabe logo
E um doce vai merecer
Mas vê se escreve e capricha
Teu verso é coisa de bicha
Pra refestelado ler!