O neo-imperialismo crava suas garras nas veias abertas da América Latina; pobre Bolívia, tão longe de Deus e tão perto do Brasil. Quem diria, brasileiros... Éramos pobres, subdesenvolvidos e ingênuos. Mas agora nos sentimos tão capitalistas e imperialistas quanto os nossos antigos e recentes opressores. Brincávamos de feiticeiro, tomando o veneno que nos parecia o remédio: neochovinismo liberal.
É preciso compreender, Senhoras(es), que o capitalismo, seja o liberal, o autoritário ou o social-democrata, quando não oprime internamente, o faz externamante - via de regra as duas coisas juntas. Isto quer dizer que a democracia e a prosperidade de um pode custar a ditadura e a miséria do outro. A natureza deste sistema não é redistributiva, nem de poder, muito menos de riqueza. Desde o Império, quando combinávamos escravidão com liberalismo britânico, os nossos vizinhos pagavam caro pelo livre comércio. Paraguai e Uruguai foram ocupados diversas vezes por tropas brasileiras no século 19. Hoje , as tropas no Haiti são um exemplo das pretensões de nosso país. Porém, o preço de uma cadeira nova é alto na ONU. Ocupar um lugar no Conselho de Segurança significa participar de intervenções militares arriscadas e , eventualmente, ser alvo de atentados, ou não sabíamos ?
Pensemos: Evo Morales não é Solano Lopez. O que podemos fazer ? Uma ação militar ou um golpe de Estado, quem sabe. E se madássemos uma força delta pra lá ? Podemos fazer umas fotos com Morales pelado ou cheirando cocaína... Vamos deixar de extremismos. O que pensaria o Guevara, meu Deus. Acho que não vai ter jeito. Vamos ter que chamar o Chaves, o Fidel, o B... o Seu Madruga ! Desisto. Se vocês tiverem alguma idéia me contem. Senão, deixa a grana com os bolivianos mesmo.
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