Havia um aluno, entre muitos que fizeram história, na velha Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo: um boêmio muito divertido e querido, o Chico Torres. Não confundir com o Chico Elefante, do restaurante do XI de Agosto, nem com o outro Chico, o Chico Emídio, o tesoureiro da Faculdade. Foram figuras inesquecíveis, folclóricas. Fizeram história. Sem falar no fotógrafo de todos os dias, o Dom Ciccillo. Era engraçadíssimo.
Voltando a um dos Chicos, o Chico Torres, não havia meio de passar de ano. Acho que até gostava de ser o eterno aluno, tal qual o hoje famoso poeta Paulo Bonfim, um dos melhores e mais inspirados poetas da Academia Paulista de Letras. Ele, o Chico Torres, era eternamente reprovado em Direito Romano. Esta matéria era o terror de todos. O professor era o velho Alexandre Correia. Duro, como só ele sabia ser. Certa vez, durante o exame oral, após o mestre ficar descorçoado, por não sair nada daquela caixola (naqueles tempos, havia o exame oral, o vago, o vaguinho e não sei mais o que!), em dado momento, o velho professor (seu apelido era Xandoca) pediu ao bedel que fosse ao Largo do Capim (este largo fica bem em frente da Faculdade) e trouxesse capim.
O aluno, muito debochado, disse, com ar sério:
- Bedel, para mim, é só o cafezinho.
Você pode imaginar o resto! Gargalhadas e quase sopapos e viva o pandemônio criado!!!! Ninguém mais olvidou o incidente patético, que passava de geração em geração.
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