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Cordel-->Zé limeira e os três mosqueteiros. -- 24/11/2002 - 18:52 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Zé limeira e os três mosqueteiros.

Autor: Daniel Fiúza
23/11/2002

Zé limeira cavalgava
Alegre no Afeganistão
Na fria terra do sertão
Aventura procurava
A guerra não agradava
Pois cai muita neve
O povo todo em greve
Até uma quenga aderiu
A bolsa de valor caiu
De tanto que era leve.

O que chamou atenção
Foram três cavalheiros
Pareciam mosqueteiros
Um com grande bigodão
O outro era como irmão
O terceiro era um espanto
Com sua barba de santo
Apocalípticos oradores
Armados de pena e flores
Tentando fazer encanto.

No tempo medieval
No reino de Salomão
Entre a China e o Japão
Perto dos montes Urais
Certos estrangeiros tais
Zé Limeira os contratou
Pra guerrilha preparou
Em grandes competições
Queriam ser campeões
Em disputas de sumô.

Falou Daniel Fiúza
Veterano em disputa
Usando a força bruta
Às vezes até abusa
Quando poema ele usa
Em batalhas colossais
Na tv ou nos jornais
Falando de futebol
Na linha passa cerol
Na guerra gosta da paz.

Aí chegou Jorge Sales
E sua espada dourada
De kaol bem lustrada
E seu escudo amarelo
Com um poema singelo
Pronto estava para luta
Com sua rima astuta
No mato grosso do sul
Veio num cavalo azul
De arreios de araruta.

O terceiro mosqueteiro
Egídio o nosso mestre
Embaixo dum cipreste
Perto de um vespeiro
Na luta foi o primeiro
Na guerra do Paraguai
Lutou junto com seu pai
Tacou poema em cima
Matou soldado na rima
Só de lembrar ele cai.

Os três mais o Zé limeira
Viajaram num foguete
Antes tomaram sorvete
Caiaram na bebedeira
Subiram numa palmeira
Pra ver a banda passar
Dormiram ficaram lá
Encontraram o Cervantes
Junto com duas amantes
Lá no Belém do Pará.

Jorge Sales a cavalo
Egídio de caminhão
Fiúza fretou avião
Para ficar no embalo
Eles ouviram um estalo
Era Zé Limeira o infante
Montado num elefante
Vinha chegando do sul
Tava comendo um tatu
E lia o inferno de Dante.

Fizeram uma cruzada
Pra enfrentar os infiéis
Vistoriando os quartéis
Que era nossa morada
Longe da pátria amada
Matamos muitos zulus
Engordamos urubus
Junto com babilônios
Os aqueus e saxônios
Tema dos maracatus.

Egídio chamou a tropa
Para comer uns pasteis
Pagou só quinhentos réis
E foram para a Europa
Chegaram depois da copa
A guerra foi pro borralho
O time jogou baralho
Beberam muita cicuta
Só tinha filho da puta
Uns vendidos do caralho.

Daniel ficou fudido
Ao saber o resultado
A guerra tinha acabado
E o time tinha sumido
O povo todo ofendido
Sentiu tristeza profunda
Meteu o chute na bunda
No cabo que ia passando
Deixou o cara chorando
No caixão da moribunda.

Jorge Sales endossou
O que tinha combinado
Tinha-se desagradado
Com a guerra que findou
Suas férias recusou
Na praia de Acapulco
Perto de Pernambuco
Zé Limeira e três loucos
Se fazendo de moucos
Cada qual o mais maluco.






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