**Para Isabella**
Nasceste rosa Isabela, puro amor
As pétalas abriam-se lentamente
Como o despertar no campo em flor
Embargaram cedo teu caminho
Podaram os ramos precocemente
Vedaram teus passos ser mesquinho
Sem defesa com a tenra idade
Pede a mão, o colo, o abraço
O olhar implorou por piedade...
Anjo sem maldade quer abrigo
Proteção, amor, caminho espaço
Que sina vil, te legou o inimigo
A mão que sem temor te dizimou
Deflorou a vida, suprimiu a liberdade
Jamais terá paz, o Céu chorou...
Não conseguiste atravessar a ponte
Plantar a árvore, colher o fruto
Minha lágrima rolou por tua sorte
Como anjo subiste, Deus consentiu
Quem assim procedeu com tal furor
Com certeza não tem filho, nem amor
Sogueira |