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Artigos-->ESCASSEZ DE CARÁTER -- 16/04/2006 - 13:03 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESCASSEZ DE CARÁTER





Filemon F. Martins





É impossível ficar alheio ao que se passa em nosso Congresso Nacional. Nestes últimos tempos, a escassez de caráter de nossos deputados tem sido um absurdo. Não obstante as provas produzidas no que diz respeito à existência do “mensalão”, propina ou qualquer outro nome que se queira dar, que alguns parlamentares receberam para aprovação de projetos e reformas prejudiciais aos trabalhadores, especialmente aposentados e pensionistas do serviço público federal, a Câmara de Deputados insiste em absolver os larápios que garfaram o dinheiro indevidamente.

Ao cidadão comum não é dado o direito de entender porque a Justiça permite que um depoente na CPI compareça com documento que lhe faculta ficar calado e não responder perguntas. Assim, só nos resta lamentar e protestar contra esses parlamentares e empresários, caras de pau, a ponto de obstruírem as investigações, mentirem, omitirem dados num descalabro total de desrespeito ao povo brasileiro e aos cargos que ocupam. Uma pena que alguns eleitores, temporariamente cegos, insistem em não enxergarem o óbvio.

Definitivamente os políticos brasileiros não são sérios. As exceções, se existem, são tão poucas que, apesar das embrulhadas que o PT e Lula fizeram no governo, parece que o eleitor está anestesiado pelo desencanto e pela desesperança que se abateram sobre o Brasil, que se comporta com um “tanto faz, como tanto fez”. Não há diferença entre estes e aqueles que, ainda há pouco, governavam o Brasil, pelo menos é o que se infere do resultado das últimas pesquisas de opinião.

A impunidade tem sido a mola mestra que impulsiona essa engrenagem de corrupção que se alastra por todo o país, sob o olhar complacente de um Judiciário político que se submeteu aos caprichos dos prepotentes e poderosos, daí estar sendo criticado por quase todos os segmentos da sociedade brasileira.

No campo religioso, descobriu-se agora o chamado “Evangelho de Judas”. Como se sabe, Judas Iscariotes é conhecido, no Novo Testamento, como o Apóstolo que traiu Cristo, entregando-o aos poderosos romanos que o prenderam, julgaram-no e o condenaram à morte. Independentemente da autenticidade do documento, já se difunde a idéia de que Judas não foi um traidor. Segundo o novo Evangelho, apenas obedeceu a ordem superior e, portanto, não traiu Cristo.

Ora, no cenário político brasileiro, muito antes da descoberta deste documento religioso, a turma do Planalto já incorporava essa idéia: mais de 70 parlamentares que receberam altas somas oriundas do valerioduto, de acordo com o Presidente da República e a maioria da Câmara de Deputados, apenas cometeram deslizes, um simples desvio de conduta, mas não são corruptos e não merecem a cassação. Não traíram o mandato que lhes foi outorgado pelo povo.

É melancólico, mas chega-se à conclusão de que somente o povo, através do voto, se não tiver memória curta, poderá limpar as cadeiras do Congresso Nacional, na esperança de que se possa construir um Brasil sério, um Brasil justo, com oportunidades iguais para todos, sem conchavos, sem protecionismo, mas com honestidade, dignidade e caráter, que anda em falta no mercado dos políticos e empresários brasileiros. Tomara que sejamos abençoados com mais luz, inteligência e seriedade nos próximos anos!







filemonmartins@bol.com.br

filemon.martins@uol.com.br

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