Os indígenas e os negros foram as grandes vítimas no Novo Mundo e mereceram de José de Alencar, Gonçalves Dias e Castro Alves as mais belas e imorredoiras páginas, que gravaram para sempre, na literatura pátria, a agonia, o sofrimento, a luta, a morte e o martírio, mas também o retrato de uma alma doce, pura e lacerada, em busca da libertação, o grito alucinante de um corpo em infinita lassidão na noite da escravidão.
Lembre-se do grito lancinante do poeta Castro Alves, em Os Escravos, ao bradar condoído: “Hoje em meu sangue a América se nutre/Condor que se transformara em abutre/Ave da escravidão/Ela juntou-se às mais... irmã traidora/Qual de José os vis irmãos de outrora/Venderam seu irmão.”
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