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Artigos-->As conexões ocultas -- 04/04/2006 - 09:20 (Ricardo Barreto Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








HOMEM, CHIMPANZÉ MELHORADO



“A filosofia ocidental, na grande maioria das suas manifestações, sempre concebeu a capacidade de raciocinar como uma característica exclusivamente humana , o que nos distinguiria de todos os animais. Os estudos de comunicação com chimpanzés, demonstraram de maneiras dramáticas, a falácia dessa crença. Deixam claro que entre a vida cognitiva e emocional dos seres humanos, e a dos animais, só há uma diferença de grau; que a vida é um todo sem solução de continuidade, no qual as diferenças entre as espécies são gradativas e evolucionárias. Assim, a razão não é uma essência que nos separa dos outros animais; antes, coloca-nos no mesmo nível deles”.



CÉLULAS



“Cada uma das moléculas do nosso corpo já fez parte de outros corpos – vivos ou não – e fará parte de outros corpos no futuro”.



COMBINAÇÃO FANTÁSTICA



“A experiência me diz que um líder poderoso associado a um consultor hábil, de fora da organização, constituem uma combinação fantástica, capaz de operar verdadeiros milagres”.



LUCRO



“Quando os acionistas e outros corpos “estranhos” avaliam a “saúde” de uma empresa, no geral não querem saber da vida das comunidades dentro da empresa, na integridade e do bem estar dos empregados e da sustentabilidade ecológica dos produtos. Querem saber de lucros, valor da ações, fatia de mercado e outros parâmetros econômicos; e fazem toda pressão que puderem para garantir que seus investimentos tenham o retorno mais rápido possível, sejam quais foram as conseqüências de longo prazo para a vida da organização, o bem-estar dos empregados e o meio ambiente natural e social. Em conseqüência disso, vemos um aumento enorme da riqueza empresarial no topo da pirâmide, e na base, milhares de trabalhadores perdendo o emprego em decorrência da febre de “enxugamento” e das fusões empresariais, enquanto os que permanecem (inclusive os próprios executivos de primeiro escalão) são forçados a trabalhar como bestas de carga”.



TELEVISÃO



“McLuhan identificou a natureza singular da televisão e observou que, em virtude do seu poder de sedução e da forte capacidade de simulação da realidade, ela é o meio ideal para a propaganda. A integração de todas as formas de expressão cultural num único hipertexto eletrônico ainda não se realizou, mas os efeitos dessa perspectiva sobre nossas percepções já se fazem sentir no conteúdo atual dos programas da televisão aberta e a cabo e nos sites da Web a ele associados. A cultura que criamos com nossas redes de comunicações, determina não só valores, crenças e regras de conduta, mas até mesmo a nossa percepção da realidade.

Hoje em dia, na maior parte dos países, os políticos que não aparecem nas redes eletrônica de comunicação, não têm a menor possibilidade de ganhar o apoio do povo. A verdade é que permanecerão totalmente desconhecidos para a imensa maioria dos eleitores.

Os políticos mais bem sucedidos já não são os que têm as plataformas mais populares, mas sim os que “ficam bem” na televisão, e sabem manipular os símbolos e códigos culturais”.



GENOMA HUMANO



“O maior empreendimento de biotecnologia já realizado até agora, e talvez o mais concorrido, foi o Projeto Genova Humano – a tentativa de identificar e mapear a seqüência genética inteira da espécie humana, que contém dezenas de milhares de genes. Na década de 1990, esse esforço de pesquisa transformou-se numa desabalada corrida entre um projeto financiado pelo governo norte-americano, que tornava todas as suas descobertas disponíveis ao público e um grupo privado de geneticistas que guardava segredo sobre todos os seus dados a fim de patenteá-los e vende-los à empresas de biotecnologia. Na sua fase final e mais dramática, a corrida foi vencida por um inesperado herói – um jovem pós-doutorando que criou sozinho o programa de computador que permitiu que o projeto público ganhasse a corrida por meros três dias de diferença, e assim impediu que o conhecimento científico dos genes humanos ficassem nas mãos de um grupo privado”.



GLOBALIZAÇÃO



“A economia global de hoje em dia é estruturada em torno de redes de fluxos financeiros, nas quais o capital se movimenta num ritmo acelaradíssimo, passando rapidamente de uma opção a outra na busca frenética de oportunidades de investimentos. O “mercado global” é, na realidade, uma rede de máquinas – um autômato que impõe a sua lógica à todos os participantes humanos.

Além do processo complexo de avaliação dos valores negociáveis, os programas das redes financeiras globais determinam regras operacionais que devem ser obedecidas pelos mercados do mundo inteiro. São as regras de “livre comércio” que a Organização Mundial do Comércio (OMC) impõem aos seus Estados-membros. Para assegurar as máximas margens de lucros no cassino global, o capital deve ter o direito de fluir livremente pelas redes financeiras, a fim de que possa ser investido em qualquer ponto do planeta de um momento para outro. Os impedimentos ao comércio que nova estrutura legislativa se ocupa de eliminar ou diminuir são , em geral, a legislação ambiental, as leis de saúde pública, as leis de segurança alimentar, os direitos trabalhistas e as leis que dão as nações o controle sobre os investimentos feitos em seu próprio território e sobre a cultura local.

Na adequada expressão de Vandana Shiva, o resultado de tudo isso é uma crescente “monocultura da mente”.

As regras de livre comércio são o resultado de muitos anos de negociações `a portas fechadas, que envolveram sobretudo empresas de grupos econômicos, mas excluíram as organizações não-governamentais (ONGS), que representam os interesses do meio ambiente, da justiça social, dos direitos humanos e da democracia.



SOCIEDADE SUSTENTÁVEL



“O conceito de sustentabilidade foi criado no começo da década de 1980 por Lester Brown, fundador do Instituto Worldwatch, que definiu a sociedade sustentável como aquela que é capaz de satisfazer suas necessidades sem comprometer as chances de sobrevivências das gerações futuras. Alguns anos depois o relatório da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (o famoso “Relatório Brundtland”) usou a mesma definição para apresentar a noção de “desenvolvimento sustentável”: “A humanidade tem a capacidade de alcançar o desenvolvimento sustentável – de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades”.



ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA



(EDUCAÇÃO PARA A VIDA SUSTENTÁVEL)



“Os resíduos de uma espécie são os alimentos de outros; a matéria circula continuamente pela teia da vida; a energia que movem os ciclos ecológicos vem do sol; a diversidade é a garantia da sobrevivência; a vida, desde os seus primórdios há mais de três bilhões de anos não tomou conta do planeta pela violência, mas pela organização em redes.

A alfabetização ecológica – a compreensão dos princípios de organização que os ecossistemas desenvolveram para sustentar a vida – é o primeiro passo no caminho para a sustentabilidade”.





AUTOMÓVEL





“A semelhança de tantos outros produtos do desenho industrial contemporâneo, o automóvel atual é absurdamente ineficiente. Só 20% da energia do combustível é usada para fazer girar as rodas, ao passo que 80% se perde no calor e nos gases produzidos pelo motor. Além disso, 95% da energia utilizada serve para mover o carro, e só 5% move o motorista. A eficiência global, ou seja, a proporção da energia do combustível usada para mover o motorista, é de 5% de 20% - Não mais do que 1%!





EPÍLOGO



“Na sociedade capitalista contemporânea, o valor central – ganhar dinheiro – caminha de mãos dadas com a exaltação do consumo material. Uma corrente infinita de mensagens publicitárias reforça a ilusão das pessoas de que a acumulação de bens materiais, é o caminho que leva a felicidade, o próprio objetivo da nossa vida. Os Estados Unidos projetam pelo mundo o seu tremendo poder para conservar condições favoráveis à perpetuação e a expansão da produção. O objetivo central do seu gigantesco império – com um poderio militar impressionante, com extensíssimo serviço secreto e posições de predomínio na ciência, na tecnologia, nos meios de comunicação e no mundo artístico – não é de aumentar o território, nem o de promover a liberdade e a democracia, mas o de garantir que o país tenha livre acesso aos recursos naturais do mundo inteiro e que todos os mercados permaneçam abertos aos seus produtos. É assim que a retórica política Norte-americana passa rapidamente da noção de “liberdade” para a de “livre comércio” e “mercado livre”. O livre fluxo de bens e de capital é identificado com o elevado ideal da liberdade humana, e o consumo material desenfreado é retratado como um direito humano básico – até mesmo, cada vez mais, como uma obrigação e um dever”.



FRITJOF CAPRA in "As conexões ocultas"















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