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Poesias-->AS FOLHAS DE OUTONO (um dos mais belos poemas). -- 01/06/2002 - 04:10 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando o sol de põe

Pela janela lá de fora

Da janela olho a rua

Tão só, vazia e toda nua

Apontar no firmamento

A chegada triunfal da lua.



E vem a noite, e desce

E em um só segundo

Meus olhos olham através

Da vidraça um pouco

De todo mundo.



E posso com meu jeito

Atravessar a imensa madrugada

Olhando o vendaval aqui de dentro

As flores lá de fora, olhando tudo

Olhando o nada.



E antes que adormeço

Penso em um só instante

Das horas de amantes

Que tive com você.



E decaio na noite afora

Olhando através da janela

Meu semblante chorar

Enquanto você ia embora.



E me deixou sem adeus

Padecendo no sufofo

Dos prantos meus.



E se foi um dia...

E não voltou outra vez

A trilhar os caminhos que passamos

Recordando os momentos bons

Dos dias que nos amamos.



Quando as folhas do outono caem no chão

Eu vejo a sua mão

Segurar a minha mão

Juntando as folhas caída no chão.



Folhas de outono

Esparramadas sem um porquê

O vento as trouxe ao chão

E eu pude tocar você.



E os meus olhos

Penetraram os olhos teus

Um beijo te pedi

E tocou os lábios meus.



Um sonho aconteceu!

Nunca me deixou

Nunca me esqueceu

Antes de mudar a estação.



Gosto de pensar em você

Enquanto vejo flores

Nascerem no jardim

E você tão longe

Seguindo ao horizonte

Fecha os olhos para mim.



O meu sol já fechou

Meu sol já foi embora

No teu último olhar

Nuvens de lágrimas espalhou

Dentro do coração que lhe adora.



Não pude lhe esquecer

Além dos dias que eu quis

Deixar de amar

Mesmo que não fosse feliz.



Se você pudesse voltar

Como se abrem os botões de flor

Assim meus braços abririam

Ao encontro de você, amor...



E os meus braços

Os teus braços abrigaria

No calor dos abraços

Que eu lhe daria.

E os meus lábios

Tocaria os lábios teus

Com a mesma intensidade

Que eu beijaria os lábios de Deus.



Olho folhas mortas deitadas sobre o chão

Não há vento que as espalhe

Não há não.;

Não há brisa que atrapalhe

As folhas debruçadas

Nesse chão.



Eu pensei que poderia

Juntá-las, essas folhas do caminho

Mas por que o faria

Tocar minha mão nesse solo sozinho?



Posso lhe esperar chegar

Enquanto tão longe eu me perco

No alcance de um vazio

No instante de um silêncio

Eu me perco

E me deixo levar

Olhando folhas morrerem

Sem ninguém juntar.



Talvez, de repente, em meu silêncio

Por uma fresta, ao abrir de uma janela

Ao cair o sereno tranquilizando

Eu visse lá do longe

Você chegando.



Então o meu sol

Outra vez se irradiaria

E minha noite

Se faria dia.



Talvez se eu quisesse

Pedir para que volte

Até nisso eu pensaria

Em fazer um acordo com Deus

Para que toda noite

Fosse sempre de dia.



A lua se aponta no infinito

Deixando o sol se debruçar

Caindo por sobre um monte

Meu coração também morre

Trazendo a mesma escuridão

Que traz o sol além do horizonte.



Esqueço-me a perder-me na janela

Do quarto de dormir quase adormecendo

Nada mais me resta

Meus olhos fitam sua chegada

Enquanto vou torcendo

Lhe avistar por entre a fresta.



Nada porém avisto

E quase desisto de sentir

O tocar de tua mão.

E vou caindo no meu sono

Enquanto as horas passam

Só lembro daquele chão

AS FOLHAS DE OUTONO.

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