Em correspondência de 15.05.2004, a trovadora Célia Maria Barbosa Rodrigues, comunicou-me a minha classificação - com Menção Honrosa - no I Concurso Nacional de Trovas de Brumadinho-MG, com a trova:
"Sendo o sonho uma esperança,
também chamada ilusão,
faz-nos, sempre, ser criança,
vendo bolhas de sabão..."
Até coloquei em "Poesias" (deste site), referida trova, em 31/05/2004 - 18:57.
Quando é hoje, 29/03/2006, o poeta Jairo Nunes Bezerra, disse-me, na Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil - AAFBB - Recife, que havia lido algo, na Usina(não se referiu a nomes, que ficou de mandar-me por e-mail), insinuando a existência de "trova igual ou parecida", de outro autor, anterior à minha: é claro que gostaria de ver tal trova - se é que existe!
A verdade é que escrevi três(3) trovas sobre o tema "Sonho", para escolher uma, que seria mandada para o Concurso em causa.
Então, saí da chamada Sala dos Aposentados(AAFBB),para ir ao barbeiro. Durante o percurso, procurei nos meus bolsos o papel em que escrevera as trovas, visando relê-las: notei que havia deixado em gaveta de um birô da AAFBB.Foi quando tive a inspiração - vendo uma revoada de pombos! - de escrever aquela trova e peguei, no chão, uma carteira vazia de cigarros, abri-a e escrevi:
"Sendo o sonho uma esperança,
também chamada ilusão,
faz-nos,sempre, ser criança,
vendo bolas de sabão..."
Depois de ler e reler a minha quarta trova sobre o tema "Sonho", substituí, no último verso, a palavra "bolas" por "bolhas"...("Le mot propre, do Francês!)
Quando me sentei na cadeira do barbeiro conhecido por "Pará", disse-lhe a trova e ele respondeu que: "Está muito bonita!"
Não tive dúvidas: quando cheguei em casa, digitei-a e tirei cópia, mandando-a para o I Concurso Nacional de Trovas de Brumadinho-MG -
O resultado já se sabe!
Nunca lera antes trova de nenhum autor "igual ou parecida" com a minha!
A propósito,lembro aos menos avisados, que "Dizer e não provar é não dizer"! Tenho a consciência tranqüila de uma criança que vê bolhas de sabão ou, numa associação de idéias, vê revoada de pombos e lembra de bolhas! |