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Artigos-->Quando eu for para o céu - andré luiz aquino -- 28/03/2006 - 18:08 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando eu for para o céu



Quem suportará os golpes do destino sem perder a própria vida?Ao falar da morte estamos celebrando a vida. E porque não, já que seria presunção demais acreditar que falar de morte é capaz de atraí-la.A morte é incontrolável e tem hora marcada pra chegar fale o que se falar dela.A vida é a maneira que alma tem para se transmutar em algo melhor do que sua forma original.

Tudo principia na própria pessoa.O fim de tudo que está vivo é morrer.Não tenha medo do escuro, porque há sempre uma luz acessa no final do corredor

Sonho com uma morte tranqüila.O corpo decrépito e envelhecido, porém a mente será como a de um menino voando por aí.Olhando para o lago azul, com um barquinho a navegar, a luz dos meus olhos vão se apagar.Mas não sem antes passarem por estes mesmos olhos um filme de toda a minha vida, essa viagem com partida e chagada na estação da Luz..Imagens sem cronologia ou seqüências.Meus filhos correndo envolta das árvores que foram plantadas no dia dos seus nascimentos.Minha boca enfiada nos cabelos cheirosos dela.O mais puro dos beijos.Meus desenhos de robôs.Meus amigos de apelido engraçado, boca, buraco,trapizomba, zoinho, jacaré.A primeira vez que eu vi a neve.A última vez que vi o deserto.Meu caminhão amarelo.Meus irmãos, minha família.Minhas amigas formigas.Enfim, a vida quando acaba, ainda que tenha sido longa, cabe no espaço de um piscar de olhos.

O medo do que vem depois da morte, o país ignorado de onde nunca ninguém voltou para contar se realmente existe, enfraquece nossos ânimos.Com só duas opções, céu e inferno, não há de se estranhar todo esse pavor.

Acredito que os infernos são as coisas da sua vida que não deram certo e o céu aquelas que deram certo.O céu deve ter a forma e o clima moderado por tudo àquilo que você acredita.

Quando eu for pro céu descobrirei que a matéria é que é a ilusão e os sonhos é que são a realidade.Lá no céu encontrarei todos aqueles que já se foram.Meus cachorrinhos, gatos e periquitos.Meu avô Manezinho querido, pescador poeta, que contava que havia se enamorado pelo canto da sereia numa noite de pescaria,a sua música do preguinho”ai preguinho, ai preguinho, que furou a minha “carça” e me fez um buraquinho” meu outro avô Sargento Manoel Aquino e seus carinhos nos chamando de“vivinho vovô”, suas abelhas, suas árvores enxertadas e suas fábulas e sonhos que guardarei no fundo da alma.

Esquecendo a religião, ainda que por um segundo finito.Mesmo que por algum motivo não estejam mais lá, suas partes de luz ficarão me aguardando...e meu primo Rodrigo Peixoto Aquino o motivo deste texto.

Hoje meu primo está fazendo dois anos que você partiu pro lado de lá.Aquele acidente de carro te jogou numa outra viagem não é querido? Onde quer que você esteja você tem uma parte de todos nós aqui.Jamais vou me esquecer do nosso último abraço, jamais, porque ele foi apertado demais pra eu esquecer.

Quando partiremos ? Já partimos.Há muita coisa para se perder, mas tanto, tanto para se ganhar...no balancete da vida.



Andre Luis Aquino



http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/

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