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Poesias-->A serpente -- 31/05/2002 - 15:09 (Enildo Netto Teodoro) |
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A serpente
E vaga pela areia aquecida
Sob o sol que a incandesceu então
Raspando silenciosamente a sua barriga
Pelas veredas deste mundo cão.
Pequenos olhos com pupilas diagonais
Riscando as córneas como um fio de cabelo
Convidando a todos, mas os mortais
Provar seu beijo como ultimo apelo
Ela me fita simplesmente a esperar
como se o tempo estivesse do seu lado
como se no futuro pudesse programar
um inevitável encontro marcado
como os olhos de uma mulher demente
quando olha o homem desejando o beijo
eu permaneço sob os olhos da serpente
fatal vitima do seu inevitavel desejo
misérias mil que seja a vida
por quantos algozes que estejam a espreita
que eu prove então a peçonha saliva
se for esta saída a ultima perfeita.
Enildo Netto Teodoro
Rio 30 de Maio de 2002
Maricá
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