AMOR E MATIZES
O amor apresenta-se em variados matizes, que são resultados das
diversas facetas da mesma gema, refletindo a luz em tonalidades
especiais, conforme o ângulo de sua captação.
Expressa-se num misto de ternura e de companheirismo, de interesse
pelo êxito do outro e de compreensão das suas dificuldades, de
alegria pelas suas conquistas e de compaixão pelos seus desaires, de
generosidade que se doa e de cooperação que ajuda.
Mesmo quando não aceito, não se entristece nem descamba em reações
psicológicas de autopiedade, preservando-se do luxo de manter
ressentimento, ou de propor o afastamento de quem o não recebe.
Pelo contrario, continua na sua tarefa missionária de enriquecer, às
vezes desaparecendo da presença para permanecer em vibrações de
doçura e de paz, sustentando o opositor e diluindo-lhe as impressões
perturbadoras.
Deve ser enunciado ou pode manter-se em silencio, a depender das
circunstancias, das ocorrências, dos fenômenos que se derivam dos
relacionamentos.
O importante é que se transforme em ação paciente e protetora, sem
asfixiar nem dominar a quem quer que seja.
Nunca desfalece, quando autêntico, embora haja momentos em que a sua
luz bruxuleia um pouco, necessitando do combustível da oração que o
fortalece, por vincular a criatura ao seu Criador, de Quem promana
como inefável recurso de plenitude.
Quando os relacionamentos humanos experimentarem o estímulo do amor,
os famigerados adversários da sociedade - guerras, calamidades, fome,
violência, vícios - desaparecerão naturalmente, porque desnecessários
entre os seres, em razão de os seus conflitos, agora atenuados, não
mais buscarem esses mecanismos infelizes de sobrevivência, de
exaltação do ego ou de dominação arbitraria do seu próximo.
O amor tudo pode e tudo vence. Não se afadigando mediante a pressa,
estende-se ao longo do tempo como hálito de vida que a mantém e brisa
cariciosa que a beneficia.
Onde se apresenta o amor, os espectros do ódio, do ciúme, da cizânia,
da maledicência, da perversidade, da traição, do orgulho se diluem,
cedendo-lhe o espaço para a fraternidade, a confiança irrestrita, a
união, a estimulação, a bondade, a fidelidade, a simplicidade de
coração.
O amor é um tesouro que mais se multiplica, à medida que se reparte,
jamais desaparecendo, porque a sua força reside na sua própria
constituição, que é de origem divina.
Nada obstante, o amor não conive, não se amolenta, não serve de
capacho para facultar a ascensão dos fracos aos estágios superiores,
nem se submete ante a exploração dos perversos e dos astutos.
É alimento do Espírito e irradiação do magnetismo universal.
Joanna de Angelis / Divaldo Franco - Garimpo de Amor
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