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Poesias-->SAUDADES DO AMOR -- 30/05/2002 - 01:16 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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minha mágoa é coisa passageira.
o grave de tudo - permaneço estável
como já soubesse, ao primeiro olhar,
o verso seguinte.
a merda do ato
é que sempre sei antes
e não paro - duvido.
preciso testar tudo até o limite
vivo esperando por surpresas
que não chegam
só você me pegou assim de calças curtas
anda, meu bem,
fala de novo de nós dois
para que eu lembre
quando dizes
que sempre seremos assim
esse querer bem - sobrevivente
quando confessas
um ciúme estaparfúdio
e me ligas sem motivo aparente
eu imagino que o amor premia
mas também nos faz tolos, dementes.
tanto tempo passado
e me parece
que até hoje amamos ninguém.
tua voz vazia pede socorro.
mas só pode socorrer-te a vida,
dando-te outro amor, que não sou eu.
não nos queremos.
faz-nos falta nosso sentir,
que não pode mais ser dado a nós mesmos
infelizmente.
(para Ricardo, com meu querer bem sobrevivente)
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