Num jarro de barro
em quarto acolhetor
duas rosas revelam
momento de ternura
entre casal romântico.
Duas belas rosas
uma terna rosa, rosa,
outra quente rosa,rubra.;
á cabeceira da cama
em jarro dourado
vivem duas rosas
ao soro de um comprimido.;
Lembram o passado
de um dia presente.
Cada rosa, a rubra e a rosa,
tem a sua história
em diferentes cenários
de individuais coloridos.;
uma envolta em papel transparente,
a outra desnuda à mão.
Seus caules sem espinhos
não feriram no toque...
Quem as conserva,
sonha feliz
com o perfume que sempre quis...
O perfume das rosas
teria o encanto da flor?
e a flor, sonharia
com a poesia de versos de amor?
-Um tilintar de copos
sorve o silêncio.
É tempo de sonhos...
Talves se emurcheçam
nas pétalas dos lábios
os sonhos dos sonhos.
As rosas tão rosas,
tão rubras, tão ternas,
perfumam lembranças
em teias de aranha
de um sonho feliz.
A vida é um sonho
em mesa redonda.
Não se sabe, alguém diz?
Os espinhos das rosas
não vieram das rosas
nem da rubra,nem da rosa,
em seus talos pelados
tinha o verde da esperança.
O destino implacável,
quis para si, o privilégio,
com a ternura de uma flor,
costurá-los,
nos músculos do coração
de quem mais sonhou...
Num jarro de barro,
em quarto acolhedor,
duas rosas revelam
momentos de amor.
jornal Diário da Manhã,6/1/89
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