Decorridos quinze dias do correntes d escritas e tal como tinha prometido encerro o meu comentário sobre o envento, depois de lido o romance vencedor"A Sombra do vento" de Carlos Ruiz Zafón...muito bem condecorado, um bálsamo, uma lufada de ar fresco na Literatura compactuada com a história de um país "nuestro hermano", Espanha.Fui até lá ver o cemitério de Monjuïc, dista de Perpignan 200km, na bela Barcelona...ao som de Fred Mercury nos aureos anos 92...do outro século!Poisssssss...século XX, em que nasci.Mas o romance? Vai de 1900 a 1966, ano, em que eu, coincidentemente nasci!Fala de Barcelona, guerra civil..morte e Amor, grande Amor, tragédia...originando o desenlace feliz ...o leitor torna-se personagemd a história, um colosso...tempo de escrita quase igual ao da leitura.Conclui-se então que quando se escreve escreve-se sobre a vida, a real vida...postada em cada esquina.Tornei-me interlocutora de alguém que coabita este Planeta e verifiquei que afinal todos queremos fugir da cortina de fumo que nos afasta dos outros...agarramo-nos ao sopro de vida para não fustigarmos a empreitada a que nos propusemos em tempos de inexperiência...vida!!!Ler este livro é a sinestesia de um percurso que poderia ser o nosso...augurando um final feliz, nem que seja pelo poder da morte que tudo serena e consome...
Fico ainda a relembrar o "Eduardinho" Prado Coelho..arrepio-me, pois o corpo é madrasta...viva o presente,de mão dada com os filhos folheando as letras da nossa existência, voz da esperança, lá em Los Angeles, depois de percorridas as Ramblas cosmopolitas... são apenas 400 páginas...tout simplement!