- Ana, minha esposa, eu sei que a Constituição proíbe a pena de morte. Ela deve ser alterada ou feita uma nova. Modifica-se, para tudo, então, por que não, para crimes hediondos e horrendos?
- Meu caríssimo marido, Sérgio, você não sabe que eu não concordo com a pena de morte, para nada.
- Eu sei, Ana. Perdoe-me. Mas há criminosos que não merecem comiseração, devem ser excluídos da sociedade, para não repetirem esses crimes e causarem mais dor e sofrimento a pessoas inocentes, cujo único crime é serem boas e até estarem bem de vida.
- E as pessoas miseráveis não têm direito a nada? Você não vê isto?
- Minha mulher, vejo, sim. A sociedade não pode omitir-se. Deve evidentemente cuidar da saúde, do desemprego e de tudo o mais, entretanto não pode e não deve deixar impunes esses criminosos, sob pena de ela própria sucumbir.
- E tem que ser com a pena de morte, meu maridinho querido?
- Não vejo outra alternativa, para esses casos. É claro que não se vai aplicar a pena de morte, no caso de furto, agressão ou até estelionato.
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