O autor João de Freitas divulgou, nesta Usina de Letras, o "Cordel" DEUS E DIABO NA CRIAÇÂO, em 10/10/2003 - 9:36 h
Acontece que o cordel deve ser composto de - no mínimo sextilhas - e, portanto, trata-se de um poema de 13 quadras, todas elas com rima do segundo com o quarto versos, tipo abcb.
Sem entrar no mérito do conteúdo dos treze textos, encontramos alguns senões de métrica, como no primeiro verso do poema:"Deus criou todo bem,...", que só tem 6(seis) sílabas. Sugeririamos, data venia, a seguinte forma:"Se Deus criou todo bem,...".
Já na terceira quadra, o primeiro verso, também, só tem 6(seis) sílabas:"E o Diabo fez o ódio,..." Correto seria, por exemplo:"E se é que o Diabo fez o ódio,...". Quanto ao quarto verso desta mesma quadra - "Trazem tristeza e dor" -uma forma certa seria: "Nos trazem tristeza e dor?"
Na sexta estrofe, o verso "Por isso é que bêbado fede", por ter 8(oito) sílabas métricas, o certo é:"Por isso bêbado fede,".
Enquanto isso, no quarto verso da décima quadra - "Quem foi que fez a cruz?" - só tem 6 (seis) sílabas e poderia ser retificado para:"E quem foi que fez a cruz?"
Por fim, na décima-primeira quadra, nota-se que o quarto verso - "Por tudo de bom que se vê?" - está com 8 (oito) sílabas e basta o autor tirar a preposição "de", para o verso ficar correto:"Por tudo bom que se vê?"
O problema do João Freitas, é que parece não ter lido o Decálogo de Metrificação, de Luiz Otávio e/ou obra de Bilac sobre o assunto... |