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Poesias-->DESABAFO -- 28/05/2002 - 08:23 (Tatiane Cristine Dunder) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No fundo da minha mente

se esconde um ser,

um desejo monstruoso,

que em poucos segundos,

faz tudo virar nada.



Mas ninguém

nem ao menos,

conseguia entender

o porque das coisas

serem como são.



Esse ser de quem eu falo

não é um ser qualquer.



É um ser que apenas

queria ter tudo aquilo

que respirava e os outros

reprimiam.



Um dia ele sentou-se,

no meio do horizonte,

iluminado pela luz da lua

e chorou,

chorou, porque

as coisas eram tão lindas

e ficavam tão distante.



Chegou a hora em que

ele levantou a cabeça

e pensou:

Vou morrer sim,

mas vou morrer

me divertindo,

porque ninguém

merece o meu esforço.

muito menos o meu sofrimento.



E depois da ventania,

tudo volta a calmaria.

E seu desejo?

Seu desejo insano,

seu desejo

quase impossível

como um arado,

foi se apagando pela Terra

criando e formando

raízes em vários trópicos,

despertando o desejo

de liberdade,

aqui e lá.



Um dia me vi

em todos os lugares

e em nenhum ao mesmo tempo.



Mas onde quer que estivesse,

não podia deixar de ouvir

uma canção:

“Somos perfeitos vegetais da Terra,

seremos um dia a vida do céu.”



As vezes me sinto

como um querubim enjaulado,

ou seria tudo fantasia?

Ou tudo o que digo

a respeito do que sou,

vem apenas de palavras?

Palavras transparentes,

ou frágeis como o cristal?

Parecem um punhal?

Ou será que ascendem

incêndios inocentes?

Ou talvez, cheios de culpa?



Por que essas palavras

um dia não se tornam verdade?

Por que não se tornam puras?

Inimigas do artifício?

Digo adeus ao às ilusões,

mas não ao mundo.



Sem qualquer esperança

muito definida,

espero um dia,

encontrar na multidão,

que vai e vem,

um rosto,

surgindo na escuridão

e logo some.

É um rosto amigo,

e sei que dele muito preciso.



Eu sonhei

e imaginei

tudo o que um dia

eu poderia ser.



Tive paixões,

e entre cada uma delas,

a solidão se formava

crescendo em meu peito.



Eu afirmei que

era muito fácil

cumprir as juras do dia fatal,

mas, em que espelho

ficou perdida a minha face?

Faço o que tenho vontade

e não me sinto culpada.



Quando cresci e cheguei a ser mulher,

desisti das fantasias de criança.



Hoje olho para o espelho

e reconheço como sou conhecida,

mas também tenho sentimentos

obscuramente apagados,

e muitos sonhos

e por eles

eu me sinto “sempre-viva”.



E então eu me pergunto

porque é tão importante estar viva?

Acho que ninguém pode viver por mim.

Preciso saber para onde vai todo meu esforço.

e qual meu supremo objetivo na vida.

Sem distinção,

sem hora marcada,

sem adiantamentos,

sem medo de sofrer,

eu quero aprender a viver.



Cometi o vício cínico

de quem fala em virtude,

mas serei absolvida

dos meus pecados capitais.

E a minha raiva

morrerá a míngua.

Solitária.



Finalmente

a minha alma será mais suave,

me deixando descansar em paz.



E no descanso,

terei sete mil anos,

para me transformar em serpente,

virar semente e voltar ao princípio,

para a Terra que me alimenta,

onde tudo era o pólen

que ficou escondido até hoje

no fundo da minha mente...

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