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Artigos-->VELHOS E BONS COSTUMES -- 27/02/2006 - 19:57 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


VELHOS E BONS COSTUMES

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Meu prezado companheiro

Eu sou do tempo do vinil

Do tempo da Bossa Nova

Que projetou nosso Brasil

A Era chamada D’ouro

Da juventude, o tesouro

de belezas, encantos mil



Não havia desemprego

Escolas com qualidade

Saúde e educação

Na moda, a liberdade

Com respeito e confiança

segurança, esperança

Pelas ruas da cidade



Namoros e, claro, sexo

Sem doenças; bem seguro

Não havia HIV

Não se amava no escuro

O prazer compartilhado

Sentimento preservado

Tenho saudades, eu juro



Não havia, como hoje

Jovens mal educados

Nos campos, o bom futebol

Ainda era jogado

Muito pouco preconceito

Muita atenção e respeito

Com os jovens mais passados



Carnaval com entusiasmo

O povo, feliz, brincando

Blocos no meio da rua

Marchinhas iam tocando

Harmonia e muito nexo

Do côncavo e do convexo

Todo mundo namorando



O Velho e a juventude

Todos co’a mesma idade

De quem pensa no futuro

Unidos pela amizade

Laços fortes, calorosos

Hoje, momentos saudosos

Bons tempos de mocidade



Sei que os jovens de hoje

Grande parte, tem juízo

Sabem bem por onde andar

Conselhos não é preciso

Sou velho, trago a certeza

E ponho as cartas na mesa

Muito riso, pouco siso



Meu escrito é variado

Minha prosa é contundente

Basta consultar meus textos

Constatar o evidente

Não falo de sexo, apenas

Mudo sempre os meus temas

Quando acho pertinente



A idade me confere

Esse direito sagrado

A certeza que carrego

Do mundo politizado

Não posso ser conivente

Nem ficar indiferente

Ao presente e ao passado



Pra não sermos manobrados

Feito boneco de pano

Coniventes com os erros

Financiando o engano

Vivendo sempre apertado

Triste e endividado

Só entrando pelo cano



O mundo vive mudando

Mudança de posição

Exige conhecimento

E maior participação

Toda questão interessa

Ainda que controversa

A todo e qualquer cidadão



A vida tudo transforma

Jovem fica envelhecido

Chega ao ponto que chegamos

Sem contudo ter vivido

Se não foi capaz de ajudar

Este mundo a melhorar

Se foi mal agradecido



Não troco a minha música

Que trago do meu passado

Gravada em disco vinil

Por um CD bem transado

Moderninho e atual

De temática sexual

Do sexo banalizado



Sexo feito a qualquer preço

Sempre muito, em quantidade

Sexo que não faz sentido

Sexo sem a qualidade

Quem fala muito do assunto

Acho que não chega junto

Esconde bem a verdade



Finalmente, meu amigo

Seja bom adolescente

Não use do preconceito

Sei que é inteligente

Idade não interessa

Nem precisa tanta pressa

Pra ficar igual a gente



Embora, assemelhado

Igualdade aparente

Construção sem alicerce

Insegura, indiferente

Não se deu o crescimento

Faltou concreto e cimento

Nessa construção carente













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