enviado por email por Marcio Menezes
JOVENS DIFÍCEIS
Terás talvez contigo jovens difíceis para instalar
convenientemente na vida.
Inquestionavelmente, é preciso apoiá-los quanto se nos faça
possível. Capacitemo-nos, porém, de que ampará-los não será traçar-lhes a
obrigação de copiar-nos os tipos de felicidade ou vivência.
Claro que não nos compete o direito de abandoná-los a si
próprios quando ainda inexperientes. Entretanto, isso não significa devamos
destruir-lhes a vocação, furtando-lhes a autenticidade em que se lhes
caracteriza a existência.
Sonharemos para nossos filhos, no Mundo, invejável destaque nas
profissões liberais com primorosas titulações acadêmicas, mas é possível
hajam renascido conosco para os serviços da gleba, aspirando a adquirir
duros calos nas mãos a fim de se realizarem na elevação que demandam.
De outras vezes ideamos para eles a formação do lar em que nos
premiem o anseio de possuir respeitáveis descendentes. No entanto, é
possível estejam conosco para longas experiências em condições de celibato,
carregando problemas e provas que lhes dizem respeito ao burilamento
espiritual.
Às vezes, gritamos revoltados contra eles, exigindo nos adotem o
modo de ser. Freqüentemente, porém, se isso acontece, acabamos por perdê-los
em mãos que lhes deslustram os sentimentos ou lhes estragam a vida, quando
não os empurramos, inconscientemente, para a furna dos tóxicos ou para os
despenhadeiros do desequilíbrio mental com que se matriculam nos manicômios.
Compadece-te dos filhos que pareçam diferentes de ti.
Aceita-os como são e auxilia a cada um deles na integração com o
trabalho em que se façam dignos da vida que vieram viver.
Ampara-os sem imposição e sem violência.
Antes de te surgirem à frente por filhos de teu amor, são filhos
de Deus, cujo Amor Infinito vela em nós e por nós.
Ainda mesmo quando evidenciem características inquietantes,
abençoa-os e orienta-os, quanto possível, a fim de que se mantenham por
esteios vivos de rendimento do bem no Bem Comum.
E mesmo quando não te possam compartilhar do teto e se te
afastem da companhia, a pretexto de independência, abençoa-os mesmo assim,
compreendendo que todos nós, desde que nos vinculemos à ordem e ao trabalho
no dever que nos compete, sem prejudicar a ninguém, desfrutamos por Lei
Divina o privilégio de descobrir qual é para nós o melhor caminho de agir e
servir, viver e sobreviver.
Emmanuel
De "Na era do Espírito", de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires -
Espíritos Diversos
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