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Artigos-->As mentiras da minissérie "JK" -- 24/02/2006 - 10:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As mentiras da minissérie JK



Hélio Fernandes, Tribuna da Imprensa, 20 Fev



Nem estadista, nem democrata, nem desenvolvimentista, só rotina



Até agora tenho me reservado a assistir pedaços estraçalhados da história brasileira a partir de 1956, posse de Juscelino. As incursões da minissérie da Globo, a períodos anteriores, são medíocres como espetáculo, lamentáveis como show, vergonhosos como reconstituição histórica. As falhas são tão grandes que não posso mais me omitir.



Parece que a intenção dos autores, diretores e produtores da minissérie é mostrar que Juscelino, desde que se formou em medicina, só se relacionou com gente da pior qualidade intelectual. E na verdade, em Minas, esse foi um dos períodos mais ricos em personalidades. Mas os que aparecem contracenando com JK lembram o que Tancredo exatos 30 anos depois identificava como habitantes de "grotões e igarapés". E todo o resto que dizem de Juscelino não tem a menor inspiração, credibilidade, criatividade, autenticidade.



Vou desmontar rapidamente tudo o que dizem. "Foi adorado pelo povo, que o consagrou". Ora, Juscelino teve apenas 36 por cento dos votos, um terço seja de que total for. Isso é consagração? Passam o tempo todo agredindo duramente Carlos Lacerda, tentando desmoralizá-lo, sem a menor base. Esqueceram ou não sabem mesmo que Lacerda passou quase todo o ano de 1956 no exterior. Voltou em 1957, Juscelino tentou cassar seu mandato de deputado federal.



A tentativa de cassação do mandato de um adversário não revela nem identifica um democrata. E o fato de ter sido derrotado, apesar de ter na Câmara esmagadora maioria, deixa claro que não tinha liderança política. Os trogloditas da minissérie, e são muitos, na verdade apaixonados pela Globo, não enxergam nem o óbvio, querem esculpir a estátua de cera de JK em 6 pontos.



1 - Cinema Novo.

2 - Bossa Nova.

3 - Indústria Automobilística.

4 - Estadista.

5 - Vitória na Copa do Mundo.

6 - Democrata.



Tudo falso e sem legitimidade.



Bossa Nova, Copa do Mundo de 1958 e Cinema Novo, produto do talento brasileiro, que explodiu circunstancialmente. O cinema e a música surgiram de movimentos isolados, sem qualquer participação de JK. A primeira Copa do Mundo, a união de jogadores e jornalistas que revolucionaram e modificaram o que estava estabelecido. E a participação de João Havelange, que mandou uma delegação com médico, dentista, nutricionista, psicólogo, cozinheiro. Isso se repetiria várias vezes. JK jamais foi a um estádio de futebol.



A indústria automobilística não teve nada a ver com JK, é assombrosa tanta ignorância. Por questões econômico-financeiras, os empresários americanos "descobriram" que era melhor montar automóveis nos mais diversos países do que exportá-los. Vieram para o Brasil como "montadoras", só existiam automóveis nos EUA. Isso, nada a ver.



Estadista e democrata JK nem sabia o que era. Sua obsessão se esgotava na mudança da capital, transformando Brasília na mais bonita e na mais cara capital do mundo. Arruinou o País por 50 anos em 5. Para quem acredita que JK foi um grande democrata, posso desmentir, porque vivi todos esses momentos. Mas não vou me basear no conhecimento do repórter.



A coluna intitulada O Globo há 50 anos reproduzia no sábado, anteontem: "O vice-almirante Benjamim Sodré encontra-se preso sob palavra, por 5 dias, em sua residência. A ordem de prisão foi transmitida pelo ministro da Marinha, almirante Alves Camara. A medida foi tomada por causa da entrevista que aquela alta patente concedeu ao vespestino Tribuna da Imprensa, criticando o ministro da Guerra, general Teixeira Lott". Como o presidente é sempre o comandante das Forças Armadas, é lógico que a ordem tem que ter sido ordenada ou referendada por Juscelino.



E na mesma coluna de sábado, desse mesmo O Globo há 50 anos, há mais e muito mais grave: "Constava, às últimas horas da noite de ontem, em esferas políticas da maior responsabilidade, que o governo voltaria a pedir ao Congresso a decretação do estado de sítio". Tudo textual.



PS - JK sabia pouca coisa. Mas sabia que outro mineiro, Artur Bernardes, governou 4 anos (de 1922 a 1926) com o País em estado de sítio. JK não conseguiu, mas pretendia, está no Globo.











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