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Artigos-->Como desarmar uma bomba atômica?! -- 15/02/2006 - 11:03 (Paulo Milhomens) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O U2 seguramente tornou-se ( ou já era ) a maior banda de todos os tempos ao ganhar quase todos os prêmios do Grammy 2006 – o Oscar da música internacional. Bono Vox ( Paul Hawson ), o vocalista e letrista do grupo irlandês que completa 26 anos de carreira e uma sólida reputação ligada à causas filantrópicas, era um bom rebelde na escola até apaixonar-se pelo rock. Mas a Irlanda dos protestantes e conflitos religiosos católicos parece ter sido um bom combustível ácido para o novo álbum do grupo. Com um discurso pouco otimista, imbuído de uma nostálgica lembrança natal, rememorando a perda de um ente querido – “meu pai Bob, quero agradecê-lo por me dar essa voz e dizer essas coisas” – , Bono é um rockstar pacifista e encanta todos os fãs. Isso não é mediocridade: tornar-se milionário depois de começar como uma banda de garagem é algo difícil nos dias atuais. Quero deixar bem claro que o talento do U2 é inquestionável, principalmente por representar uma nação de resistência à prepotência britânica. É a segunda leva de músicos irlandeses a se destacarem no cenário do rock mundial. Os pioneiros da empreitada seguramente é o Thin Lizzy, liderada pelo baixista e cantor Philip Linnott, que morreu de overdose no início dos anos 80. Integrada por músicos talentosos como Gary Moo e Brian Robertson, o Thin Lizzy ainda não tem reconhecimento digno no Brasil. Seu grande hit, “The boys are back in town”, é o hino consagrado que provavelmente – presumo – inspirou Bono a escrever a letra de “Pride”, uma clássica bomba atômica do U2 que estourou nas rádios norte-americanas e presta um tributo a Martin Luther King , ativista político morto na década de 1960 por lutar pelos direitos civis dos negros nos EUA. São bombas perfeitas: rock-protesto-comercial de linha européia cristã, simpatizada por líderes de Estado em todo o mundo. No entanto, são bombas tímidas, se compararmos com as necessidades do planeta, onde bombas reais são arremessadas contra pessoas inocentes todos os dias. O mundo possui atualmente 53 tipos de guerras diferentes, quase todas provocadas por interesses econômicos, e os empresários da música sabem muito bem como “bombas”, “morte”, “lágrimas” e “esperança”, são palavras que vendem milhões de discos. Ao longo de cinco décadas de história do rock, a criatividade para desenvolver mecanismos capitais na indústria fonográfica vem passando desapercebido em nossas mentes.



Mas quem não resiste a boa música? Independentemente da utilidade social e propósito declaradamente comercial – para não usar outros adjetivos – vamos ouvir do mesmo jeito, afinal, gostamos do “trabalho” e não da “pessoa”. Pura hipocrisia. O talento do U2 é visível, mas sua atitude pró-direitos humanos está mais para oportunismo do que envolvimento e compromisso. Vejam que contradição: o nome do grupo é uma homenagem a um caça norte-americano derrubado em solo cubano durante uma intervenção militar no país promovida pelo governo Kennedy. No Fórum Econômico de Davos, em 2005, na Suíça, Bono fez uma importante intervenção política propondo o cancelamento da dívida externa dos países do Terceiro Mundo. Pousar de politicamente correto pode até ser uma estratégia do markenting das grandes gravadoras, mas temos “bombas atômicas” perfeitas, como a tecnologia MP3 para reproduções de música gratuita pela internet, mas essa é outra história... Agora, que tem muito diabinho pousando de cordeiro, não há dúvida! Só quero frisar uma coisa: tudo o que digo é uma opinião pessoal... Pode ser que eu esteja totalmente enganado. E se você é fã do quarteto, espero que fique com raiva de mim. Afinal, não somos obrigados a concordar com tudo que vemos...

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