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Artigos-->LEÃO SOMBRA DO NORTE -- 06/02/2006 - 00:07 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
LEÃO SOMBRA DO NORTE



Francisco Miguel de Moura*



Escrevi anteriormente dois artigos denominados “Vultos Picoenses”, uma espécie de mini-biografia de Leão Sombra do Norte, que só neste terceiro ganha o título, pois ainda me restam alguns dados de importância.

Além do mais, conversando com o jornalista e cronista Zózimo Tavares, tive deste a informação preciosa de que o programa radiofônico “Sertão por dentro e por fora”, que é apresentado por Pedro Mendes Ribeiro há mais de 30 anos, foi invenção de Leão Sombra do Norte Fontes, seu primeiro apresentador por cerca de 10 anos, antes do Prof. Pedro Mendes Ribeiro. É, portanto, com mais de 40 anos ininterruptos, o mais antigo do gênero não só no Piauí como no Brasil. Quem quiser ouvi-lo é sintonizar a Rádio Pioneiro, todos os domingos à noite.

Conheci Leão Sombra do Norte já aqui em Teresina, mas sei que sempre ia à cidade de Picos, onde tem seus parentes e amigos. Sua terrinha é a mesma de Fontes Ibiapina, de quem é primo. Ele tem uma afetividade particular e muito grande pela terra e pelos seus. Vi-o, algumas vezes, recitando poemas no teatro, na praça, onde quer que a gente o encontrasse.

Há uns 4 ou 5 anos, revejo-o em Taguatinga, Brasília - DF, precisamente na Academia Taguatinguense de Letras, aonde, a convite do escritor e historiador Ronaldo Alves Mousinho, eu fora lançar meu livro “Por que Petrônio não Ganhou o Céu”. Ronaldo Mousinho, piauiense adaptado ao Planalto Central, era e ainda o é Diretor Cultural daquela entidade; Sombra do Norte, membro efetivo e freqüentador assíduo do sodalício. Este acabara de sofrer um AVC, que o deixou com algumas seqüelas. Mas, felizmente, ainda se lembra de muitas coisas do Piauí. Do que me falou naquela ocasião fiz esses escritos, trazendo-o à lembrança dos picoenses e piauienses de modo geral, especialmente à gente de teatro. Lembrou que, entre outros espetáculos, no Piauí, nas décadas de 1940 e 1950, protagonizou o Velho Simeão.

Outros espetáculos em que Sombra do Norte apresentou-se foram: 1. “Natal na Praça”, dirigido por Santana e Silva. Sombra do Norte foi apelidado de “Grão Vizir” por aquele velho amigo, justo porque nas dificuldades fazia as vezes de “curinga”. Em “Natal na Praça”, Sombra do Norte representou o Velho Melchior; Ana Maria Rego representou Sara; Olívia representou Maria das Dores; e os outros personagens eram: Cigana, Gertrude, Manfredo, o Menino Jesus, Cigano, Paco e Gugu. 2. Em “A Dança da Morte”, dirigido também por Santana e Silva, destacam-se, entre outros atores, Zé Gomes, Zé Raimundo, Iracema, Natália e ele, Sombra. Minutos antes da apresentação de “A Dança da Morte”, um dos atores tomou, inadvertidamente, um remédio que incluía entre seus efeitos colaterais a sonolência. Após o Sombra fazer sua representação, entraria em cena justo o ator que tomou o remédio. Sem saber, dormia a sono solto, na hora de entrar em cena. Santana e Silva então incumbiu o Sombra do Norte de assumir o papel de “Grão Vizir” e fizesse a representação pelo dorminhoco. Resta acrescentar que, segundo seu próprio testemunho e do diretor, saiu-se muito bem. Leão Sombra do Norte lembra também do seu discurso de formatura, na Faculdade de Direito do Piauí, quando foi o orador da turma. Diz-nos que o encerrou assim: - “Talvez algum dia todos nós tenhamos o prazer de recordar estas coisas”.

Eu completaria, Sombra do Norte, que: – não só o prazer, como a necessidade, que agora chega e é satisfeita, por mim e pelos leitores desta página, tenham sido ou não seus colegas de turma. Você é parte de nossa história cultural.



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*Francisco Miguel de Moura é escritor, mora em Teresina. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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