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Artigos-->HISTÓRIA MODERNA VESTIBULARES 2006 -- 03/02/2006 - 08:29 (edson pereira bueno leal) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HISTÓRIA MODERNA VESTIBULARES DEZEMBRO DE 2005 E JANEIRO DE 2006 , COMPILADOS PELO PROF. EDSON PEREIRA BUENO LEAL .





1 UNIFESP 2006 TRABALHO COMPULSÓRIO AMÉRICA

Sobre o trabalho compulsório (seja servil, seja escravo) em toda a América, no período colonial, pode-se afirmar que

a) restringiu-se às áreas econômicas de exportação.

b) atingiu apenas os indígenas e os negros.

c) impôs-se sem maiores resistências.

d) incluiu até mesmo os brancos.

e) inexistiu nas terras voltadas para o Pacífico.





2 EXPANSÃO ULTRAMARINA PUC SP 2006

Atenção: América Hispânica e América Portuguesa, futuro Brasil, viveram processos históricos parecidos, mas não idênticos, do final do século XV até a primeira metade do XIX. As questões 56, 57 e 58 discutem essas semelhanças e diferenças. Quanto à conquista da América por espanhóis e portugueses, na passagem do século XV ao XVI, pode-se dizer que

a) no caso português o objetivo principal era buscar minérios e produtos agrícolas para abastecer o mercado europeu e no caso espanhol pretendia-se apenas povoar os novos territórios e ampliar os limites do mundo conhecido.

b) nos dois casos ocorreram encontros com vastas comunidades indígenas nativas, porém na América Portuguesa a relação foi racional, harmoniosa e humana, resultando num povo pacífico, e na América Hispânica foi violenta e conflituosa.

c) no caso português foi casual, pois os navegadores buscavam novas rotas de navegação para as Índias e desconheciam a América e no caso espanhol foi intencional, porque o conhecimento de instrumentos de navegação lhes permitiu prever a descoberta.

d) nos dois casos foi violenta, porém na América Portuguesa o extrativismo dos dois primeiros séculos de colonização restringiu os contatos com os nativos e na América Hispânica a implantação precoce da agricultura provocou maior aproximação.

e) no caso português foi precedida por conquistas no norte e no litoral da África, que resultaram em colônias portuguesas nesse continente, e no caso espanhol iniciou a constituição de seu império ultramarino.





3 UNICAMP 2006 EXPLORAÇÃO COLONIAL PORTUGUESA

A legitimidade dos reis lusitanos se confundia com o bem comum desde o século XIV, quando vingou o princípio de que os reis não são proprietários de seus reinos, mas sim seus defensores, acrescentadores e administradores. O Novo Mundo parecia assistir à erosão do bem comum. A distância que separava a América portuguesa da sede do reino tornou a colônia um lugar de desproteção. A lonjura em relação ao “bafo do rei” facilitava a usurpação de direitos dos súditos pelas autoridades consideradas venais e despóticas. (Adaptado de Luciano Figueiredo, “Narrativas das rebeliões linguagem política e idéias radicais na América portuguesa moderna”. Revista USP,57. São Paulo: USP, mar-mai, 2003, p. 10-11.)

a) Segundo o texto, que mudança se observa no século XIV com relação à legitimidade do rei lusitano? Por que essa legitimidade esteve ameaçada na América portuguesa?

b) Na América portuguesa, houve várias revoltas de colonos. Cite uma delas e o que os revoltosos defendiam?





4 PUC SP 2006 COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E ESPANHOLA

Quanto às colonizações espanhola e portuguesa nas Américas, entre os séculos XVI e XIX, pode-se destacar

a) o emprego de regimes de trabalho obrigatório, ainda que na América Portuguesa tenha predominado a escravidão do negro e na América Hispânica, a exploração do trabalho indígena.

b) a completa unidade territorial e o controle rígido pelas metrópoles, ainda que na América Portuguesa o regime administrativo tenha sido o de capitanias e na América Hispânica, o de vice-reinado.

c) o prevalecimento da monocultura e do extrativismo , ainda que na América Hispânica o usufruto dos bens produzidos fosse exclusivamente da Coroa espanhola e na América Portuguesa, dos colonos.

d) a interiorização da ocupação, ainda que na América Portuguesa tenha sido rápida e em acordo com as definições de Tordesilhas e na América Hispânica, lenta e desrespeitosa ao tratado.

e) o esforço de integração das economias coloniais ao comércio internacional, ainda que na América Hispânica a produção fosse voltada ao mercado norteamericano e na América Portuguesa, ao inglês.?



5 UFSCAR 2006 COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

Foi portanto como (...) prêmio de vitória que foram dados os índios aos espanhóis (...) Como, depois de ganho o Novo Mundo, ficasse tão distante do Rei, não podia de modo algum mantê-lo em seu poder se os mesmos que o tinham descoberto e conquistado não o

guardassem (...) acostumando os índios às nossas leis (...) Segue-se que tratemos do serviço pessoal dos índios, no qual se compreende toda a utilidade que pode obter o encomendadero do trabalho do índio. Este texto foi escrito pelo cronista José da Costa, no

século XVI. Para entendê-lo, é importante considerar que, na sociedade colonial hispano-americana, no período da conquista da América, os índios

a) tinham uma posição social semelhante aos guachupines, que eram brancos pobres trazidos da Europa para trabalhar na lavoura, com direito também de exercer ofícios artesanais.

b) eram considerados como simples instrumentos de trabalho e podiam ser comprados, vendidos e doados, sendo utilizados na agricultura, nas minas, no transporte de mercadorias e nos serviços domésticos.

c) permaneceram no regime de trabalho existente antes entre os incas, chamado de cuatequil, no qual eram submetidos a uma servidão na agricultura, com fixação na terra e na comunidade originária.

d) foram utilizados como mão-de-obra a partir da encomienda e da mita, sendo que no primeiro caso eram confiados a um espanhol a quem pagavam tributo sob a forma de prestação de serviço.

e) transformaram-se em súditos do rei da Espanha e deviam pagar a ele tributos, através da entrega periódica de metais preciosos e da prestação de serviços em terras comunais, inclusive mulheres e crianças.









6 MACKENZIE 2006 EXPLORAÇÃO ULTRAMARINA

As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se, contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar, contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula presidisse as navegações do período henriquino, animada por objetivos

estritamente mercantis. (...) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441 o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem procede o primeiro ouro em pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes.

O marfim, cujo comércio se achava até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os barcos lusitanos, por volta de 1447. Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos descobrimentos portugueses

Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima.

a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e, depois, por portugueses, revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do Oriente através de uma rota pelo Ocidente.

b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África, ou seja, ouro, marfim e escravos.

c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse, para os portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a exploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do período.

d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa africana.

e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continente africano.



7 MACKENZIE 2006 EXPLORAÇÃO COLONIAL

Ao longo do século XV, Portugal e Espanha, com as viagens marítimas, expandiram extraordinariamente o conhecimento que se possuía dos limites da Terra. É considerada a principal causa do pioneirismo dessas nações nos descobrimentos

a) a geografia da Península Ibérica, muito favorável às atividades marítimas, particularmente em relação à África, tão próxima e acessível por mar.

b) o fortalecimento precoce do estado monárquico, que, em grande medida, proveu as condições financeiras para as viagens e, depois, para a colonização.

c) a alta densidade demográfica na Península Ibérica, cujo excesso de população urbana pressionava por descoberta de novas terras.

d) o intenso contato com a cultura islâmica, dominante ao sul, cujos conhecimentos geográficos e técnicas de navegação eram então bem avançados.

e) o espírito aventureiro de muitos sábios que, à época, viviam nestes países, como Cristóvão Colombo e Vasco da Gama.





8 MACKENZIE 2006 EXPANSÃO ULTRAMARINA

No século XV, as Coroas ibéricas iniciaram o processo de expansão marítima da Europa. Assinale a alternativa que apresenta um motivo que impulsionou essa expansão.

a) A procura do caminho marítimo para se alcançar o Oriente e, assim, ter acesso às valiosas especiarias.

b) A rápida decadência do ciclo de exploração das riquezas provenientes do continente americano.

c) A busca de ouro e outros metais preciosos para financiar as expedições militares de reconquista da Península Ibérica.

d) Os acordos com as cidades italianas, que permitiram um melhor aproveitamento dos recursos financeiros e trocas de informações geográficas.

e) A preocupação em encontrar uma nova rota marítima para a China, após a tomada de Constantinopla pelos exércitos mongóis de Gengis-Khan.





9 FUVEST 2006 2 FASE COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

“Há duas vertentes básicas que estruturam a colonização portuguesa nos trópicos: o impulso salvífico (os móveis religiosos, a catequese) e os mecanismos de produção mercantil (exploração do Novo Mundo); sendo que a primeira dimensão (a catequese do gentio) dominava o universo ideológico, configurando o projeto, e a segunda (dominação

política, exploração econômica) definia as necessidades de riqueza e poder”.

Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil, I.

Com base no texto, explique

a) os motivos religiosos da Coroa portuguesa.

b) a exploração econômica da colônia.



10. ASTECAS FGV ECONOMIA 2006

Em menos de 200 anos, os astecas construíram um império com quinhentas cidades e 15 milhões de habitantes, dominando uma área que ia do golfo do México até o Pacífico.

O sucesso dessa expansão baseava-se

a) na liderança colegiada dos sacerdotes e nos rituais antropofágicos.

b) em uma religião monoteísta e na escravização de povos submetidos.

c) na presença de governo democrático e na escravização dos camponeses.

d) na engenhosidade de seus arquitetos e no domínio sobre a filosofia.

e) na força das armas e no engenhoso sistema de irrigação.





11. FUVEST 2006 AMÉRICA ESPANHOLA

“As guerras que, há algum tempo, horrorizaram a Europa, as pestes e fomes na Espanha, as rebeliões na Nova Espanha foram causadas por qual cometa? Nenhum. Portanto, os males que porventura aconteçam, não serão causados pelo cometa de agora, ainda que as autoridades se empenhem em prová-lo”. Carlos de Sigüenza y Gongora, astrônomo mexicano, 1680.

Com base no texto, é correto afirmar que

a) essa perspectiva nada tinha de inovadora, pois a ciência moderna já havia sido reconhecida pelas

autoridades civis e eclesiásticas na Espanha, desde o início do século XVII.

b) a opinião do autor é de exclusivo caráter político, não se podendo estabelecer relações com debates e

posições sobre astronomia e ciência moderna.

c) a perspectiva crítica sobre a relação entre a passagem dos cometas e as catástrofes terrenas fazia parte dos manuais religiosos dos jesuítas, desde o início do século XVII.

d) a visão do autor surpreende pois, no México colonial, não havia universidades, imprensa ou uma vida cultural que possa explicar afirmações semelhantes.

e) a visão do autor era a de um estudioso que, mesmo vivendo no México colonial, tomava posição na defesa dos conhecimentos científicos mais avançados produzidos na Europa.



12 MACKENZIE 2006 MERCANTILISMO

Assinale a alternativa que contenha preceitos do mercantilismo, conjunto de idéias e práticas econômicas dominante na Europa dos séculos XIV a XVIII.

a) Intervencionismo e livre-cambismo.

b) Liberalismo econômico e metalismo.

c) Livre concorrência e monopólio agrário-exportador.

d) Lei da oferta e da procura e monetarismo.

e) Balança comercial favorável e protecionismo comercial.





13 UNIFESP 2006 RENASCIMENTO

Relatório de um magistrado sobre o alegado suicídio de Richard Hun, na prisão da Torre de Londres, em 1515:

Todos nós os do inquérito encontramos o corpo do dito Hun suspenso dum gancho de ferro por uma faixa de seda, de expressão calma, cabelo bem penteado, e o boné enfiado na cabeça, com os olhos e a boca simplesmente cerrados, sem qualquer pasmo, esgar ou contração... Pelo que nos pareceu absolutamente a todos nós que o pescoço de Hun já estaria partido e grande quantidade de sangue vertido antes de ele ser enforcado. Pelo que todos nós achamos por Deus e em nossas consciências que Richard Hun fora assassinado. O documento revela a

a) independência do poder judiciário no Renascimento.

b) emergência e difusão do raciocínio dedutivo no Renascimento.

c) retomada do tratamento prisional romano no Renascimento.

d) consolidação do pensamento realista aristotélicoescolástico no Renascimento.

e) permanência da visão de mundo medieval no Renascimento.







14 FUVEST 2006 2 FASE IDADE MODERNA ABSOLUTISMO E REFORMA

Felipe II, rei da Espanha, entre 1556 e 1598, não conseguiu impedir a revolta dos holandeses (Países Baixos setentrionais). Luís XIV, rei de França, entre 1643 e 1715, não conseguiu conquistar a Holanda. Nos dois enfrentamentos, estiveram em jogo concepções político-religiosas opostas e estruturas socioeconômicas distintas.

Explique

a) essas concepções político-religiosas opostas.

b) essas estruturas socioeconômicas distintas.





15 UNIFESP 2006 REFORMA PROTESTANTE

Deus meu, não se cansando os hereges e os inimigos...de semear continuamente os seus erros e heresias no campo da Cristandade, com tantos e tantos livros perniciosos que são republicados a cada dia, é necessário que não se durma, mas que nos esforcemos para extirpá-los ao menos nos lugares onde isso seja possível. (Cardeal Roberto Bellarmino, 1614.)

Tendo em vista o contexto da época, pode-se inferir que os hereges e os inimigos aos quais o autor se refere eram, principalmente, os

a) jansenistas e os muçulmanos.

b) cátaros e os letrados.

c) hussitas e os feiticeiros.

d) anabatistas e os judeus.

e) protestantes e os cientistas.









16 MACKENZIE 2006 CONTRA REFORMA

A Inquisição em Roma não foi objeto de uma verdadeira refundação, mas sim de uma reorganização, em 4 de julho de 1542, através da bula Licet ab initio . Ao contrário dos motivos invocados para o estabelecimento das Inquisições na Espanha e em Portugal, onde

a difusão do judaísmo justificava a organização do tribunal, aqui era a heresia protestante o alvo da nova configuração do Santo Ofício da Inquisição. Francisco Bethencourt, História das Inquisições A reorganização da Inquisição foi uma entre várias providências tomadas pela Igreja Católica em sua luta contra a “heresia protestante”. Assinale a alternativa em que aparece outra dessas providências.

a) A convocação do Concílio de Trento, que, entre outras coisas, ratificou o dogma católico da transubstanciação e a doutrina da salvação por meio das obras.

b) A tradução da bíblia para os idiomas modernos, de maneira a permitir ao fiel a leitura individual dos textos sagrados.

c) O combate a práticas populares consideradas supersticiosas, como as romarias, o culto a imagens e as novenas.

d) O afastamento dos religiosos em relação à vida secular, dando-se preferência à vida meditativa, retirada do mundo, como o faziam os jesuítas.

e) A eliminação da hierarquia eclesiástica, passando a figura do Papa a ser mero título honorífico.



17 MACKENZIE 2006 JOHN LOCKE

John Locke (1632-1704) é um dos fundadores do empirismo. Atualmente, é pouco lido. Muito ganharíamos, entretanto, se nos ocupássemos novamente dos Tratados sobre o governo Civil, com a Carta sobre a Tolerância e, particularmente, com o Ensaio sobre o

entendimento humano. Assinale a alternativa que apresenta um fragmento do

seu pensamento.

a) O direito de propriedade é a base da liberdade humana porque todo homem tem uma propriedade que é sua própria pessoa. O governo existe para proteger esse direito.

b) Há uma busca de equilíbrio entre a autoridade do poder e a liberdade do cidadão. Para que ninguém possa abusar da autoridade, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder detenha o poder. Daí a separação entre poderes legislativo, executivo e judiciário.

c) A organização do mundo e sua finalidade interna só se explicam pela existência de um Criador inteligente: Este mundo me espanta e não posso imaginar / Que este relógio exista e não tenha relojoeiro.

d) Deve haver exaltação da razão e da dúvida: Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável.

e) O regime democrático deve ser aquele que tem a aptidão de manter vigentes os termos do pacto social, bem como os dispositivos garantidores da liberdade político-contratual. O povo inglês pensa ser livre, mas engana-se grandemente; só o é durante a eleição dos membros do parlamento: assim que estes são eleitos, é escravo; nada é.





18 UNESP 2006 ILUMINISMO E ANTIGO REGIME

Leia o texto.

O governo arbitrário de um príncipe justo [...] é sempre mau. Suas virtudes constituem a mais perigosa das seduções: habituam o povo a amar, respeitar e servir ao seu sucessor, qualquer que seja ele. Retira do povo o direito de deliberar, de querer ou de não querer, de se opor à vontade do príncipe até mesmo quando ele deseja fazer o bem. O direito de oposição [...] é sagrado. Uma das maiores infelicidades que pode advir a uma nação seria a sucessão de dois ou três reinados de um todo poderoso justo, doce, [...] mas arbitrário: os povos seriam conduzidos pela felicidade ao esquecimento completo de seus privilégios, a mais perfeita escravidão. (D. Diderot. Refutação de Helvétius, 1774.)

a) Como se denomina a forma de regime monárquico a que se refere Diderot?

b) O texto apresentou uma concepção de cidadania que teve reflexos, quase imediatos, nas revoluções do século XVIII e permaneceu nas experiências democráticas e no horizonte político dos séculos seguintes. Quais aspectos de cidadania são defendidos por Diderot ao afirmar que, sem esses direitos, “os povos seriam conduzidos a mais perfeita escravidão”?





19 UFSCAR 2006 TEORIAS FILOSÓFICAS IDADE MODERNA

(...) os deputados do povo não são, nem podem ser, seus representantes; não passam de seus comissários, nada podendo concluir definitivamente. É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar e, em absoluto, não é lei. O povo inglês pensa ser livre e muito se

engana, pois o é somente durante a eleição dos membros do parlamento; logo que estes são eleitos, ele é escravo, não é nada. Durante os breves momentos de sua liberdade, o uso que dela faz mostra que bem merece perdê-la. Sobre as idéias e o autor do texto, é correto afirmar que são

a) discussões filosóficas renascentistas de Bodin, em defesa do absolutismo monárquico e contra a representatividade do povo no parlamento.

b) reflexões sobre a legitimidade de representação do povo inglês no parlamento, feitas por Locke, durante a fase mais radical da Revolução Francesa.

c) análise do poder, feita por Maquiavel, defendendo a constituição de um Estado forte, fundado na relação de representação direta do povo diante do poder do príncipe.

d) críticas filosóficas iluministas feitas por Rousseau ao sistema político de representação, com a defesa da participação direta do povo nas decisões do Estado.

e) estudo crítico socialista de Marx sobre a importância da participação direta do proletariado na organização do sistema político de representação parlamentar inglês.





20 MACKENZIE 2006 ECONOMIA CLÁSSICA

Cada trabalhador tem para vender uma grande quantidade do seu próprio trabalho, além daquela que ele mesmo necessita; e pelo fato de todos os outros trabalhadores estarem na mesma situação, pode ele trocar grande parte de seus próprios bens por uma grande quantidade, ou — o que é a mesma coisa —pelo preço de grande quantidade de bens desses outros. Fornece-lhes em abundância aquilo de que carecem, e estes por sua vez, com a mesma abundância, lhe fornecem aquilo de que necessita; assim é que em todas as camadas da sociedade se difunde uma abundância geral de bens.

A Riqueza das Nações, 1776

Vocês se horrorizam com o fato de que queremos abolir a propriedade privada. No entanto, a propriedade privada foi abolida para nove décimos dos integrantes de sua sociedade; ela existe para vocês exatamente porque para nove décimos ela não existe.

Manifesto do Partido Comunista, 1848

Os trechos acima pertencem a duas obras clássicas do pensamento político e econômico moderno. Em suas páginas, definiram-se modos distintos de se encarar o mundo capitalista. Seus autores são, respectivamente,

a) Jean-Jacques Rousseau e Voltaire.

b) Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes.

c) Jean Bodin e David Ricardo.

d) Adam Smith e Karl Marx.

e) John Keynes e F. Engels.





21. FUVEST 2006 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

De uma publicação francesa, em 1787: “Quais são as fontes da força econômica da Inglaterra? – o comércio marítimo e a agricultura; a agricultura, sobretudo, é lá mais conhecida do que em qualquer outra parte, e, geralmente, praticada segundo princípios diferentes”.

Podemos deduzir que os “princípios diferentes” aos quais a frase se refere são os do

a) feudalismo.

b) capitalismo.

c) mercantilismo.

d) cooperativismo.

e) escravismo.











22. Texto — Opção II REVOLUÇÃO INDUSTRIAL FGV 2006 ADMINISTRAÇÃO

“Em primeiro lugar, a Revolução Industrial não foi uma mera aceleração do crescimento econômico, mas uma aceleração de crescimento em virtude da transformação econômica e social – e através dela (...) Em segundo lugar, a revolução britânica foi a primeira na história. Isto não significa que ela haja começado do zero, ou que não se possam apontar outras fases anteriores de rápido desenvolvimento industrial e tecnológico. Não obstante, nenhuma dessas lançou a típica fase moderna da história, a de crescimento econômico auto-sustentado, mediante revolução tecnológica e transformações sociais perpétuas(...)”

HOBSBAWM, E. Da Revolução Industrial inglesa ao imperialismo. Trad., Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1979, p. 33-34.

a) Explique por que a Revolução Industrial foi uma “aceleração de crescimento em virtude da transformação econômica e social – e através dela”.

b) Cite as principais transformações ocorridas nas estruturas agrárias e explique como elas contribuíram para a Revolução Industrial na Inglaterra.



23 UNICAMP 2006 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E TRABALHO

Um dos mandamentos do século XIX, na Europa, era o evangelho do trabalho. Para os ideólogos da classe média, o ideal do trabalho implicava autodisciplina e sentido atento do dever. Até mesmo os mais devotos ousavam modificar a palavra de Deus. As Escrituras haviam considerado o trabalho como castigo severo imposto por Deus a Adão e Eva. Mas para os ideólogos burgueses, o trabalho era prevenção contra o pecado mortal da preguiça. O evangelho do trabalho era quase exclusivamente um ideal burguês. Em geral, os nobres não lhe davam valor. O desprezo aristocrático pelo trabalho era um resquício feudal. (Adaptado de Peter Gay. O século de Schnitzler. São Paulo : Companhia das Letras, 2002, p. 210-1. 214 e 217-8.)

a) Segundo o texto, como o trabalho era visto pela Bíblia, pela burguesia e pela aristocracia?

b) Como a burguesia buscou disciplinar os trabalhadores no contexto da Revolução Industrial?





24 UNESP 2006 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E TRABALHO

Leia os dois textos seguintes.

No Ocidente Medieval, a unidade de trabalho é o dia [...] definido pela referência mutável ao tempo natural, do levantar ao pôr-do-sol. [...] O tempo do trabalho é o tempo de uma economia ainda dominada pelos ritmos agrários, sem pressas, sem preocupações de exatidão, sem inquietações de produtividade. (Jacques Le Goff. O tempo de trabalho na ‘crise’ do século XIV.)

Na verdade não havia horas regulares: patrões e administradores faziam conosco o que queriam. Normalmente os relógios das fábricas eram adiantados pela manhã e atrasados à tarde e em lugar de serem instrumentos de medida do tempo eram utilizados para o engano e a opressão. (Anônimo. Capítulos na vida de um menino operário de Dundee, 1887.)

Entre as razões para as diferentes organizações do tempo do trabalho, pode-se citar:

a) a predominância no campo de uma relação próxima entre empregadores e assalariados, uma vez que as atividades agrárias eram regidas pelos ritmos da natureza.

b) o impacto do aparecimento dos relógios mecânicos, que permitiram racionalizar o dia de trabalho, que passa a ser calculado em horas no campo e na cidade.

c) as mudanças trazidas pela organização industrial da produção, que originou uma nova disciplina e percepção do tempo, regida pela lógica da produtividade.

d) o conflito entre a Igreja Católica, que condenava os lucros obtidos a partir da exploração do trabalhador, e os industriais, que aumentavam as jornadas.

e) a luta entre a nobreza, que defendia os direitos dos camponeses sobre as terras, e a burguesia, que defendia o êxodo rural e a industrialização.





25 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL FGC ECONOMIA 2006

A Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XVIII, gerou profundas transformações, econômicas e sociais.

Entre essas transformações, pode-se apontar

a) a retração do mercado consumidor nos países industrializados.

b) a superação do conflito capital-trabalho em face dos acordos sindicais.

c) a dominação de todas as etapas da produção pelo trabalhador.

d) a proliferação do trabalho doméstico nas áreas mais mecanizadas.

e) a redução dos custos de produção, ampliando o mercado consumidor.





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