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Artigos-->Automedicação na Política -- 04/01/2006 - 21:37 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


REMÉDIO, SEM RECEITA, NEM PENSAR.

(por Domingos Oliveira Medeiros





Já que os políticos se consideram responsáveis diretos pelos remédios que irão curar os problemas do país e da população, deveriam ser tratados como tal, ou seja, com as mesmas características dos xaropes, dos antigripais, dos antiinflamatórios, dos antibióticos, e dos antidepressivos, enfim, dos fármacos em geral.



Deveriam, portanto, cada um deles, vir acompanhado de tarja (vermelha ou preta) e respectiva bula. Da bula constariam todos os itens necessários para o correto uso e aplicação do remédio. Os eleitores seriam os principais beneficiários da medida. Eles precisariam obter informações acerca da indicação do produto, da sua composição, da posologia, da ação esperada do produto, dos efeitos colaterais, das contra-indicações, das reações adversas, e outras informações como, por exemplo, tratar os casos de intoxicação por superdosagem, cuidados no armazenamento e, sobretudo, o prazo de validade.



Deveriam, ainda, observar as recomendações a respeito dos perigos da automedicação. Jamais usar um remédio por indicação de amigos, familiares ou porque tenha lido alguma propaganda a respeito, nos jornais ou na televisão. Valer-se, sempre, da receita médica, passada por quem tem competência para tal. Médicos com reconhecida experiência na profissão. Médicos que não tenham problemas no Órgão fiscalizador da profissão. Médicos que não tenham processos tramitando na Justiça. Por negligência ou incompetência técnica. Médicos que não estejam respondendo a processos por desvios de conduta, prática da pedofilia, erro médico em cirurgias, de modo geral, e em cirurgia plástica , corretiva ou estética, de modo particular.



É preciso muito cuidado com os remédios de tarja preta. Eles são perigosos. Atuam no centro nervoso, na psique e podem deixar as pessoas completamente loucas. Exija a receita especial do médico competente e não vá na conversa do farmacêutico. Não compre, jamais, estes remédios, sem deixar a receita na farmácia, para controle. Do mesmo modo, e com maior rigor, não compre remédios com tarja vermelha por indicação do farmacêutico. Estes remédios, que não precisam de receita especial, são os mais perigosos. São os que mais se oferecem nas farmácias. Não confie em ninguém.



Outra observação importante: Se tiver certeza, compre o genérico, que é mais barato do que o original e faz o mesmo efeito. Evite o similar. O similar não tem nenhuma garantia de que faça o efeito desejado. E tenha cuidado com remédios novos que, de repente, surgem no mercado. Pode ser que você esteja, apenas, servindo de cobaia para as indústrias farmacêuticas. E, neste caso, só quem perde é você. Os outros sempre ficarão rico às suas custas. Seja o remédio aprovado ou não. E você ainda corre o risco de ficar doente. Por toda a vida. E, finalmente, é bom lembrar que, apesar de todos estes cuidados, ainda existem os remédios falsificados, que não servem para nada. Este remédio é o que mais tem no mercado. É preciso atenção redobrada. Nestas eleições, portanto, é bom estar atento. Há de tudo.



Mas, é bom lembrar. NESTAS ELEIÇÕES, EVITE A AUTOMEDICAÇÃO. E NÃO ACREDITE EM PESQUISAS ELEITORAIS. E NEM NO QUE É DITO NO HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO



Dizem que a política é a arte do possível. Pode até ser. Mas, para a maioria do povo brasileiro, no entanto, a prática tem demonstrado justamente o contrário: a política tem sido a arte do impossível. E tudo por conta de certos absurdos que vêm acontecendo com significativa freqüência, no âmbito do poder legislativo, de modo geral. É bom exemplo o episódio envolvendo deputados mineiros que, depois de um acordo firmado com o Ministério Público, tiveram seus salários reduzidos para R$18mil mensais (antes chegava até a R$90 mil) , fato que, por si só, já representa um tremendo escândalo. Em março deste ano, por conta de adiantamentos inexplicáveis, cada parlamentar foi agraciado com rendimentos que somaram cerca de R$ 34 mil.



No Congresso Nacional, por seu turno, a coisa não é muito diferente. Os deputados continuam faltando às sessões. E não há punições. Nem cortes de salários. Sempre encontram brechas no regimento interno para justificar as ausências, que não são poucas: só no ano passado, conforme a imprensa, 42 parlamentares faltaram a mais de um terço das sessões deliberativas o que, segundo a legislação, é motivo, inclusive, para a cassação. Mas, ao contrário, as faltas continuam. Já viraram rotina. A grande maioria dos deputados chega em Brasília na terça-feira e vai embora na quarta. A principal alegação é a de que “a opinião pública exige a presença nos lugares onde fomos eleitos”, conforme palavras do deputado Inocêncio de Oliveira. Outros alegam que se obrigam a participar de missões no exterior, e que elas, no dizer da deputada Zulaiê Cobra, “acrescentam conhecimentos aos políticos”.



Poderia até concordar com tudo isto. Mas não posso fazê-lo diante da rotina e do exagero em que tais procedimentos se transformaram. O deputado federal, ao se candidatar, sabe que o exercício político se daria em Brasília. E que ele seria pago para trabalhar toda a semana. E não apenas alguns dias. Se não pudesse, ou não quisesse afastar-se da família e de seus eleitores, que optasse, então, pela candidatura à prefeitura local, ao cargo de vereador ou de deputado estadual. São esses os políticos que estão à disposição dos eleitores locais. Um ou outro assunto, de competência do deputado federal, poderia ser resolvido via internet ou por telefone. Uma ou outra palestra, uma ou outra inauguração, poderia ser agendado com o parlamentar. Mas o afastamento semanal e rotineiro é condenável. Não se justifica.



Até porque o parlamentar dispõe, em Brasília, de todos os recursos para o exercício de suas funções. Tem gabinete e verba de gabinete, com valores altíssimos. Tem garantida a residência oficial ou auxílio financeiro para alugar imóvel de sua preferência. Dispõe de motorista oficial. Conta com a estrutura administrativa do próprio Congresso Nacional. Salários e outras vantagens como, por exemplo: salário de R$12,8 mil; verba indenizatória de R$15 mil; verba de gabinete de R$ 50,8 mil, para contratar, sem concurso, até 23 funcionários; recursos para cobrir despesas com telefone, gráfica, correio e passagem aérea no valor de R$15 mil; auxílio moradia R$3 mil; cobertura para manutenção de escritório regional, no valor de R$15 mil; totalizando R$111,6 mil. Sem falar nos dois salário para saída e entrada de férias, mais o salário das convocações extraordinárias, que já virou rotina, e mais os recursos do orçamento, as chamadas cotas, para atender, em tese, as necessidades de seus estados, o que, na prática, acaba se transformando em propaganda eleitoreira para sua reeleição. E todo esse dinheiro em troca de estar presente em plenário para apresentar seu voto – ainda que não tenha conhecimento profundo da matéria -, e, de vez em quando, ( não é obrigatório ) apresentar, pelo menos, um projeto de sua autoria, o que entendo que deveria ser obrigatório. Á cada dois meses, um projeto.



Seria uma espécie de bula do político. Desse modo, facilitaria, aos eleitores, a compra e uso do remédio adequado. O mal maior, para a população, no meu entender, é a automedicação política. Por isso, mais do que nunca, não tome remédio sem o conhecimento do seu médico, Pode ser prejudicial à sua saúde.







Republicado a pedidos. Do livro do autor "Sonhos & Pesadelos.
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