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Artigos-->A HORA DA VERDADE -- 02/01/2006 - 22:54 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A HORA DA VERDADE



Francisco Miguel de Moura*



A terra como astro está morrendo, quantos segundos por ano não sei, a televisão disse e eu nem cheguei a anotar. Mas importa menos o fato que o comentário. De outro lado, a biosfera está desaparecendo, por culpa do homem – o animal mais depredador da natureza, o mais cruel. Os outros quando matam seus semelhantes é apenas para alimentar-se, para sobreviver. Nós, não. Dizimamos populações inteiras para satisfação de um capricho, seja do rei, do imperador do mandante do momento. As conquistas do homem têm como pretexto dogmas, seitas, crenças, filosofias, preconceitos de raça, etc. Que mais produz o homem? A natureza humana, o que é? Todas. Especialmente as mais sórdidas, mais bestiais, antiéticas e egoístas.

– Ah, é o cérebro humano que cresceu muito!

– É verdade. E o que podia ser um bem, resultou em enorme mal. O sentimento, ou seja o cérebro mais antigo, mais próximo de suas origens não cresceu. O mais recente avolumou-se, criou o que se chama de “consciência”. E o homem, com toda sua ciência, se perdeu no cipoal de maldades e horrores em que sepulta a humanidade. São milhões que morrem nas guerras. Para fazê-las inventam qualquer pretexto: socialismo, racismo, democracia, petróleo, território, religião, raça. E as fomes? Com tanta técnica que existe à disposição da ciência e da tecnologia não era mais pra ninguém estar morrendo de fome e de doenças dela decorrente, como acontece na África, na Ásia e em parte da América Latina. São milhões e bilhões.

Não é necessário que um bólido qualquer, um pedaço de cometa se choque contra a terra para varrer o homem de sua face. Basta uma gripezinha. O animal mais frágil da natureza se julga semelhante a Deus. Os poderosos, acreditam que são deuses mesmo, mandados por ele. “Orgulho humano, qual és tu mais: feroz, estúpido ou ridículo?” – Pergunta do escritor português Alexandre Herculano. Responderia bem quem dissesse que o ser humano é o mais feroz, estúpido e ridículo de todos que habitam o planeta.

De uma notícia da internet, retiramos parte interessante para este comentário: “Astrônomos americanos anunciaram a descoberta do décimo planeta que orbita em torno do sol. Batizado 2003 UB313, o novo planeta tem um diâmetro de 3 mil quilômetros, é composto em boa medida por rochas e gelo e é um pouco maior do que Plutão. Foi visto pela primeira vez em 21 de outubro de 2003, mas só agora – janeiro de 2005 – foi confirmado que se tratava mesmo de um planeta.”.

Mas, até agora – com minha previsão para nunca – não foi descoberto no universo nenhum lugar com possibilidade de abrigar o homem como a terra, nosso bendito planeta ÁGUA, que um dia se acabará, e com ela tudo o que é vida aqui. O homem quer destruí-la o mais cedo possível. E por que não toma a lição do próprio astro, o homem não freia o seu próprio movimento para o mal?

Recebi, neste começo de 2006, um e-mail muito emocionante, que retrata bem a situação do homem de hoje: “Neste ano (2005) presenciamos fatos estonteantes: tsunami, furacões, corrupção, compondo um cenário complicado. Parece que a ordem agora é limpar o que está sujo, fazer uma faxina geral e, quem sabe, assim possamos recomeçar em outros termos com mais verdade e menos hipocrisia. O jeito com que temos nos relacionado (uns com os outros), a forma como tratamos a natureza nos leva a um beco sem saída. Por isso não podemos continuar no mesmo canal. A natureza reage, buscando violentamente retomar o equilíbrio perdido. E os relacionamentos (humanos) pedem o mesmo movimento. Não é mais possível estar junto de alguém, de uma forma decente, se não se tiver a capacidade de se olhar, de se consultar, de fazer uma revisão..” Agora é a hora da verdade.



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*Francisco Miguel de Moura, escritor, residente em Teresina, tem o seguinte e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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