O texto falará sobre futebol, uma das maiores paixões esportivas deste planeta, mas no fundo no fundo é sobre a vida, sobre o que penso a respeito de competir, de ganhar ou perder.
Na manhã do domingo assisti ao jogo que deu o terceiro titulo mundial ao São Paulo Futebol Clube contra um clube inglês chamado Liverpool, acompanhei os noticiários durante a semana e todas as informações relacionadas às declarações dos jogadores envolvidos no pleito.Eu nasci Flamenguista, meu avó alagoano era flamenguista o meu pai mineiro é flamenguista e eu paulista sou flamenguista até o fim dos meus dias, assim como versa o hino do flamengo “Uma vez Flamengo, Flamengo até morrer.”Mas a paixão clubística, ainda que hereditária, não é capaz impedir de me emocionar com as glórias de qualquer clube de futebol e hoje chorei feito criança com o título do São Paulo.
Uma das razões da emoção foi porque o jogo aconteceu numa manhã de Domingo da mesma maneira como os grandes prêmios do inesquecível Ayrton Senna do Brasil e também tenha sido no Japão onde ele conquistou seus também títulos mundiais, acordei com aquela saudade dele porque tantas vezes acordei no domingo para vê-lo e fui presenteado com um jogo maravilhoso, emocionante e como diz o locutor: “Um teste para cardíaco”
O titulo mundial de clubes foi decidido entre um clube europeu, o Inglês Liverpool , e um clube representante das Américas, o São Paulo, que se classificaram para a final após derrotar os clubes campeões dos outros continentes.
Durante toda a semana as declarações que vinham do lado dos jogadores europeus mostravam desprezo, desdém e certeza de vitória, expressavam a típica visão européia com relação ao terceiro mundo atrasado e que de vez em quando explode em seus quintais como as violentas manifestações dos imigrantes excluídos nos arredores de Paris.O ar de superioridade é algo que realmente causa asco, nojo e revolta.
A imprensa especializada do mundo todo sempre destacava a superioridade física do clube inglês(que conta com jogadores de diversas nacionalidades , tem jogador australiano, do país africano Mali, espanhóis , franceses e é claro ingleses), que seus integrantes são gigantes e fortes e o jogo aéreo apoiado na estatura de jogadores como Peter Crouch de 2 metros de altura seria capaz de liquidar o São Paulo.
Do outro lado o Tricolor paulista que conta com jogadores mais modestos e de compleição física mais simples ainda estava pronto para duelar apoiados na técnica e confiantes no talento, favorito o Liverpool, liderado pelo capitão Gerard, declaravam-se quase imbatíveis, não tomavam um gol a 11 partidas.
Mas Davi derrotou Golias um dia e ao longo de toda história da humanidade vai sempre derrotar, porque um ser humano não se resume só ao seu físico ele é muito mais do que isso, o gol foi marcado por um dos menores jogadores em campo, mineiro(que é gaúcho de Porto Alegre), o verdadeiro gigante da partida, que surgiu como um raio entre os zagueiros e com habilidade venceu e prostrou Golias mais uma vez no solo.Se a
natureza não deu altura os jogadores do São Paulo jogaram com molas nas chuteiras.
Fica aqui meu tributo ao Tricolor paulista, clube bem amado, parabéns ao São Paulo por mostrar mais uma vez ao mundo que a capacidade financeira e física não são páreo para a força de vontade que mora em nossos corações.
