Usina de Letras
Usina de Letras
296 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62176 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50580)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A VOVÓ E O CHAPEUZINHO VERMELHO -- 30/12/2005 - 10:31 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A VOVÓ E O CHAPEUZINHO VERMELHO

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





A Reforma da Previdência – usando de metáforas - é como a reforma de uma casa: não se limita a economizar com os custos dela decorrentes. É preciso definir todos os pontos da reforma, antes de falar no orçamento. Nos ganhos. No aumento das receitas.



Não se pode, portanto, ao praticar a reforma, optar, simplesmente, por diminuir os cômodos da casa; apertando seus moradores, principalmente os mais antigos, aposentados e pensionistas, para que sobre mais espaço na sala, vale dizer, mais dinheiro, objetivando agradar os eventuais visitantes, de interesses diversos e difusos, bem como os amigos e autoridades agregados, como os governadores e parlamentares, por exemplo. E tudo isso pensando em apoio nas "negociações" e, quiçá, de olho nas próximas eleições.



Às favas com as leis e com o respeito à soberania dos Três Poderes. A democracia exige o cumprimento das leis, notadamente o Texto Maior, a nossa Constituição. Que não pode ser tratada como uma portaria qualquer, de qualquer Ministério, sempre pronta a ser alterada para atender interesses mesquinhos, de última hora, e equivocados.



É triste ler nos jornais o eterno déficit da Previdência, que nunca tem fim, a despeito das medidas de duvidosa eficácia legal como foi o desconto em duplicata da contribuição previdenciária dos servidores inativos. Pagamos, novamente, pelo que já foi pago. Sem nada levar em troca. E a Previdência continua deficitária. A respeito do salário mínimo, a mesma cantiga de sapo: "qualquer reajuste superior trará implicações negativas para o déficit da Previdência".



Não há preocupação em relação ao mérito da questão, a despeito de sua flagrante inconstitucionalidade, segundo entendimento do Ministério Público, autor da ADIN, à época em que a matéria estava sob exame do STF.



Nem houve comentários acerca dos devedores da Previdência, incluído o próprio governo, que, ao contrário dos inativos, recebem descontos generosos e prazos elásticos para sanar suas dívidas, em detrimento dos empresários honestos que procuram manter em dia suas obrigações fiscais. Nem se faz alusão à inexistência de projetos de controles mais eficazes para tapar os imensos ralos e buracos por onde escoam os recursos da Previdência Social.



Nem se fala do descaso para com seus servidores, que amargam anos e anos sem reajustes, já prometidos, e não cumpridos, que os levam ao sacrifício da greve, muitas vezes mal entendidas pela população, mal informada por grande parte da mídia interessada em "colaborar" com o governo, por motivos nem sempre muito claros.



Nem se tocou no desvio de recursos para cobrir eleições, praticar assistência social, com o dinheiro que deveria sair do Orçamento Geral da União, em face da natureza da despesa, como é o caso da aposentadoria dos ruralistas, que nunca contribuíram com a Previdência.

Parece até que estamos em plena ditadura onde prevalece o poder absoluto e arbitrário, travestido de "conversa entre os Poderes".



Enquanto isso, de buraco em buraco, nossas estradas vão sumindo, e os buracos da negligência e incompetência incendeiam as ações do governo: o último buraco que se tem notícia foi o incêndio no prédio do INSS em Brasília. Que poderia ser evitado se houvesse um mínimo de manutenção. Um mínimo de responsabilidade para com a coisa pública. Justo nos andares onde estariam guardados processos e provas materiais de devedores duvidosos. Dá até para desconfiar de que tudo seria obra do “fogo amigo”. Só o tempo dirá.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui