Como ocorre ao final de todos os anos do nosso calendário, estamos vivendo os chamados “TEMPOS DE NATAL”. É importante que notemos a transformação que ocorre no meio da nossa sociedade. Existem aqueles que trabalham o ano inteiro e que promovem um recesso a partir do dia 20 de dezembro. Dentre eles muitos querem descansar, visitar os parentes, fazer uma viagem, outros querem viver um momento inteiramente diferente, preferindo fazer as suas orações, promover doações como forma de agradecimento pelo muito que têm recebido, outros presenteiam as pessoas como forma de manter o elo comercial, outros dão presentes a pessoas pobres como forma de agradar ou agradecer a Deus. Enfim, tudo é válido. Todavia, necessário se torna que vejamos os tempos de natal por um outro ângulo: o da comercialização e o mais extremo, o da exploração generalizada. O comércio e os setores produtivos são os que mais levam vantagem, porque o décimo terceiro salário e o décimo terceiro vencimento são injetados na praça e nada melhor do que aproveitar a oportunidade para descarregar os estoques. Só que as vendas de natal contrariam a tese da economia de que a procura maior que a oferta faz cair os preços. Pelo contrário, há uma inexplicável elevação dos preços para aproveitar os compradores com o dinheiro no bolso. No que se relaciona à exploração, nota-se mudanças as mais diversas. As pessoas ficam mais prestativas e agradáveis, querendo ganhar um Papai Noel. Nos edifícios os porteiros ficam muito mais solícitos e os funcionários dos bares, lanchonetes etc, colocam caixinhas nos locais de trabalho para reunirem uns trocados para as festas do dia 25. Para não estender muito essas minhas considerações, eu quero concluir com duas conclusões: 1ª. ) Entendo que as pessoas deveriam ter o mesmo comportamento e espírito de solicitude o ano inteiro, ou seja, todos os tempos deveriam ser vividos à semelhança do momento de natal; 2ª.) Deveríamos ser gentis e atenciosos com os menos favorecidos também o ano inteiro e não apenas em tempos de natal. Enfim, a vida tem que ser vivida e cada um tem o direito de se comportar com liberdade e fazer o que bem entende. Agora de uma coisa, não podemos nos esquecer: Que Deus nasceu numa manjedoura para nos dar um exemplo de humildade, de amor ao próximo, de luta pela paz e pela união familiar. Eu, de coração, desejo a cada leitor deste artigo votos de um Feliz Natal e de um Ano Novo repleto de realizações e que Deus abençoe o Brasil no anos das eleições que se avizinham, para que façamos escolhas conscientes e que tragam resultados no futuro, e abençoe cada ser humano para que tenhamos uma humanidade mais feliz.
