Sim...
É preciso retirar do baú as coisas que já não servem e dar-lhes outro rumo. Quem sabe alguém espera recebê-las com certa ansiedade? Só não vale dar algo quebrado ou muito surrado. Se forem roupas, não custa dar uma lavada e passá-las com esmero, para que a pessoa que vai recebê-las sinta-se feliz. Pois, em tudo o que tocamos, deixamos um pouco de nós. E creia que nossa presença ali estará, mesmo na ausência do corpo. Porque para o espírito não há limitações.
Hoje, por exemplo, ao acordar percebi que houvera chovido a noite toda e continuava... Estou aqui, na segurança quentinha de meu lar. Mas isto não me impede de sentir o que pode estar acontecendo “lá fora”. Abre-se o noticiário e vem as manchetes, todas de trágicas enchentes. E eu me pergunto “onde estarão aquelas verbas do governo?”... Sim, só me pergunto, apenas, pois nem quero saber da resposta.
Sinto somente que há uma loucura generalizada. Pode-se tudo neste país! Os valores andar alucinadamente às tontas; sem saber onde encaixar-se; pessoas de boa índole corrompem-se sem o menor pudor, e ainda tem a pachorra de dizer “Ah... Se todo mundo faz, por que não eu?”... Valha-me Deus!!!