O sofrimento divertido e cansado,
Exprime a miséria e a ternura
De quem no norte angustiado,
Trabalha a natureza pura
Extraindo de seu verde seio,
A sobrevivência amarga, se acha
No líquido, ali bem no meio,
A alegria de poder ter a borracha
Essa é a única delas,
Que dos livros nada se fala,
Pois, a sensibilidade das mãos belas
Transmite a voz rala
De quem grita a indignação,
De um esquecimento, não natural, mas naturalizado.
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