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Artigos-->Previsões para 2007 -- 19/11/2005 - 23:32 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Previsões Para 2007 – Atualização

(por Domingos Oliveira Medeiros)



Senhores passageiros. Estamos iniciando nossos procedimentos de pouso da aeronave, para conclusão parcial de nossa viagem, iniciada em janeiro do ano passado. Aos passageiros que aqui ficam, informamos que não devem esquecer suas bagagens de mão. Esperamos revê-los em nosso próximos vôos. Aos que continuarão a viagem, solicitamos que permaneçam sentados, até a parada total dos reatores. Nosso tempo de duração no solo será o mínimo possível, pois a situação está insuportável.



Informamos, ainda, que estamos próximo ao final de 2006, mas já podemos imaginar algumas mudanças que deverão ocorrer até o final dessa nossa viagem, prevista para meados de 2007 a 2010, aproximadamente.



Há informações de que o tempo continuará nublado, com bastante névoa seca; mas, com fé e esperança, haveremos de aterrissar, pelo menos, com paz e relativa segurança. Isto se o crime organizado não criar qualquer obstáculo ou o governo não editar alguma Medida Provisória proibindo nossa aterrissagem.



Pelas informações colhidas por nossos radares, o desemprego, no planeta azul, está próximo de cem por cento; em conseqüência, será restabelecido, tudo indica, via medida provisória, o regime de escravidão no Brasil.



Desse modo, o Partido dos Trabalhadores esgotou todas as suas possibilidades; não tem mais sentido sua luta e seus propósitos e, por conta disso, será extinto. Como de resto, todos os demais partidos, sejam de oposição ao governo, aliados ou de direita, centro ou esquerda, incluindo parte do PFL, do PMDB, do PSDB, do PTB, do PL e até do PT, que ainda continuam indecisos, imprecisos e sem juízo.



Há registros de que todos os servidores públicos serão exonerados e, por conseguinte, acaba-se, finalmente, com o serviço público, que começou a ser desmontado no governo de FHC, em 1995, com a era das privatizações; e ganhou nova dinâmica e grande impulso no início de 2002, no governo do PT, com o seu jeitinho de governar: copiando o exemplo dos outros.



As forças Armadas já estão sem forças. E seus pracinhas foram até dispensados mais cedo. Faltam recursos para alimentação e fardamento. Armas e munições nem se fala. Nossos aviões e nossos navios estão sendo sucateados.



Os aposentados perderão todos os seus direitos e serão obrigados a devolver seus proventos ao Erário Público, com juros e correção monetária, incluindo a contribuição previdenciária, sob pena de serem condenados por enriquecimento ilícito. É o que se houve falar pelos corredores do Congresso Nacional.



Os economistas, que fazem parte da equipe econômica do governo, passarão a ser considerados verdadeiros bruxos e, nesta condição, serão perseguidos pela Igreja, acusados de magia negra. Alguns deles, antigos servidores do Banco Central e dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, serão enforcados e queimados vivos, em praça pública, sob o delírio e aplausos incontidos da população, que há tempos sonhava com isso.



Os banqueiros, que foram afastados de seus bancos, e sem ter, como sempre, qualquer trabalho a realizar, até porque nunca trabalharam, principalmente em benefício da sociedade e da população menos favorecida, serão agraciados e receberão títulos de nobreza e passarão (ou continuarão) a viver às custas do novo governo. O que significa dizer que a população continuará a pagar pelo erros e desmandos alheios.



Para acabar com a violência, e as enchentes nos Estados, os governadores aproveitaram as chuvas para transformar as cidades alagadas em imensas hidroelétricas.



Cresce a epidemia de Dengue, dos tipos um, dois, três, e até “n”, de febre amarela e de outras doenças infecto-contagiosas. Mas a população, mesmo doente, e sem dinheiro, continua a acreditar na seleção brasileira que, à esta altura, já deve ter perdido o hexa campeonato em terras alemãs. Muito provavelmente, a depender dos resultados, os nossos jogadores nunca mais retornarão ao Brasil.



Para diminuir o problema da seca do nordeste, o governo anexa, por decreto, os Estados do Piauí, Paraíba, Ceará e Pernambuco à Região Norte, onde a oferta de água ainda é abundante.



Órgãos humanos são clonados em série, e vendidos em supermercados, farmácias, correios e até em casas lotéricas. Na semana do rim, por exemplo, será possível comprar o órgão pela metade do preço, com cheque pré-datado para sessenta dias, sem juros. E ainda ganhar um celular de presente, com direito a um ano de aborrecimento com contas mal explicadas que chegam aos montes, todos os meses, ao arrepio da ANATEL.





Morros e favelas, finalmente, passam a ser, oficialmente, território e reserva do narcotráfico e do contrabando de armas. O crime organizado, finalmente, é reconhecido oficialmente, e passa a ter representação em quase todos os Estados.



Serão recriados o Banco Nacional da Habitação e o Movimento Brasileiro para Alfabetização, o MOBRAL, para coordenar, supervisionar e planejar as ações futuras, com vistas ao atendimento de moradia e educação dos filhos de escravos, vale dizer, os trabalhadores e servidores públicos, que vierem a ser alforriados no futuro.



O petróleo acaba no mundo todo. E o Brasil passa a vender cana de açúcar para os Estados Unidos da América, e comprar, a preço de dólar, o álcool produzido pelos americanos.



O Congresso Nacional é extinto e, no seu lugar, cria-se o Instituto Nacional das Comissões Parlamentares de Inquérito, o INCPI. Os militares assumem o poder. Reinicia-se o movimento das “Diretas Já”, com o nome de “Diretas De Novo”.



Bisnetos, netos e filhos de políticos famosos, presidentes e relatores de comissões parlamentares de inquérito, empresários do ramo de publicidade e do jogo do bicho, tesoureiros e secretários de partidos políticos, doleiros e contabilistas candidatam-se à presidência do novo governo.



A eleição termina com a vitória de um jovem alagoano, bem falante e simpático. O resto do filme todos sabemos.



A história se repete. Novos planos econômicos. Juros altos, para atrair capitais estrangeiros. Desemprego. Dívida externa em alta. Endividamento público e privado. FMI dando as cartas e indicando as lições de casa. Superávit primário nas alturas. Aumento da carga tributária. Horário de Verão, em pleno inverno. Horário eleitoral. Déficit da Previdência. Novo Apagão, que volta com regras mais claras. Denúncias surgem na imprensa. Escândalos reaparecem. Instalação de CPIS. Chuvas.Queda de barreiras. Dengue. Aftosas e Maculosas. Gripes de frangos e de pombos. Até que tudo termina numa grande pizzaria, e todos voltam a falar em reeleição.



Novos planos e novas promessas para conter a violência são anunciados. Em pauta, no Congresso, as reformas: agrária, tributária, política e administrativa, entre outras. Novas promessas para aumentar o salário mínimo e adabar com o desperdício no serviço público. Recursos para tapar os buracos das estradas são prometidos. Construção de novos presídios, escolas e hospitais, idem. Três refeições diárias para todos, é o programa Fome Mil, anunciado com pompa, pelo novo presidente. E a vida continua, até que chegue 2011, o futuro é logo ali.

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