Os movimentos musicais dos anos 60:
m.s.cardoso xavier
Uma década complexa em todos os sentidos e mais rica em manifestações culturais.
Aí convivem diversas tendências da poética e da música popular brasileira.
O antigo e o novo se fundem porém em cada um o seu limite.
Aqui cai o bolero e o samba canção, e começa a bossa nova, embora esta filha daquela. Surgem no Pantheon: Tom Jobim, Toquinho, Vinícius de Moraes, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Paulo Thiago, João Gilberto, Nara Leão...
Movimento da Jovem Guarda, inspirado nos beatles da Inglaterra, impressiona com sua performance indumentária e aparência revolucionária, embora com canções românticas e sem compromisso social. O fenômeno do Rei Roberto Carlos! Carisma!
Renato e seus blue kaps, seu romantismo etéreo e ritmos agradáveis a juventude da época; Leno e Líliam, casal de cantores românticos; The Fevers: Cauby Peixoto, Jorge Bem jor, Wilson Simonal; enfim inúmeros cantores e compositores de gostos variados.
Movimento tropicalista explosivo, social, nacional pretendendo fincar raízes, que deixasse de lado importações alienígenas. Que falasse da nossa terra, da nossa gente, dos nossos anseios, sentimento e ideais!
Eis aí os gênios: Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Betânea e outros.
Passada a ditadura militar, com a abertura política, os artistas e compositores puderam se manifestar com mais liberdade e aí se prolifera o mercado fonográfico.
Ùltimas décadas surge o pagode, uma nova versão do samba antigo, em vez daquele samba das noites boêmias da grande cidade, um pagode que nasce das favelas e morros. Uma música, uma batucada do povão.
A música sertaneja vem ganhando espaços também há décadas; a cada dia surgem novas duplas de norte a sul do Brasil. Uma música rural bucólica, romântica e realista ao mesmo tempo. Uma espécie de samba canção do mundo rural.
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