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Artigos-->MUDANÇA DOS TEMPOS -- 16/11/2005 - 21:14 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MUDANÇA DOS TEMPOS



Francisco Miguel de Moura*



Em prosseguimento do assunto da semana passada, observamos que a violência, que era somente dos homens, num passe de mágica passou também para a prática comum das mulheres. Estas, de mais flexíveis em tudo, hoje são apenas no falar e no chorar. Cada dia mais duras, valentes, fortes, estão as mulheres, tais como os homens de ontem, basta dar uma olhada para trás e para a vizinhança. Seria efeito da carga estupenda de hormônios que engolimos? Hoje em dia tudo é transgênico, nada é natural, de alimento a cosmético, da água às outras bebidas. Enquanto os homens mais carecas ficam, as mulheres se enchem de pêlos. Seria pela alimentação ou pelos fármacos que se engole pela boca ou se toma na veia?

Se falta ternura no mundo moderno é em virtude também da economia que se expande e, portanto, das necessidades do homem, assim como a liberdade de escolha do que pode e deve fazer. No capítulo necessidades, a primeira é sem dúvida a econômica. Por quê? Para conservar a vida. Com meios de arranjar alimentos a pessoa sobrevive. E em segundo lugar as preocupações com o seu começo e seu fim, que estão a cargo da religião e da filosofia. Avaliando custos e benefícios é que a humanidade tem progredido. Por essa razão é que o economista-sociólogo pop americano, Steven Levitt, best-seller no Brasil e nos Estados Unidos, ao mostrar “o lado oculto das coisas”, aponta para a economia como um meio de entender mais coisas que interessam ao homem do que as outras ciências. Ele, fiel aos ensinamentos de Adam Smith (1723-1790), repete que “o padeiro não acorda de madrugada para colocar a massa no forno por amor ao estômago de seus clientes – mas pelo dinheiro que receberá deles”. De acordo com a medida do custo/benefício, mudam os comportamentos, a sociedade, a política, a sexualidade, o amor e a relação entre homens e mulheres, bem como o pensamento e a lógica de como resolver problemas da segurança pessoal ou não, do aborto, das drogas, das catástrofes, das guerras etc.

É claro que a ciência econômica ainda passa por avaliações emocionais sobre as mulheres, os homens e outras. Por isto, a solução da convivência sexual pacífica demorará muito, ou nunca virá. Como também não foi somente a luta das mulheres que fez seu status mudar. A compreensão econômica mudou muito, pari-passu com o desempenho acontecido em todo o mundo, especialmente na Europa e na América do Norte. Assim é que os desejos individuais se multiplicaram. Com a queda dos tabus, o sexo também evoluiu (involuiu?), achando-se, agora, acrescido de um terceiro, o dos homossexuais de ambos os lados – o feminino e o masculino, coisa que de muito existia, mas sem poder desenvolver-se. Essa terceira classe assume as feições, na imprensa (mídia), de classe dominante, impondo seus gostos, seus meios, sua ética etc. E assim cresce assustadoramente.

Compreende-se, portanto, porque o sexo, a economia e a religião são hoje os assuntos preferidos, mais populares e daqueles que vendem mais.

Falta ainda a saúde, que deveria ser muito mais divulgada e com mais critério, pela imprensa especializada ou não, mas numa linguagem acessível, pelos próprios médicos em seus consultórios. “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, já dizia Camões, num dos seus célebres sonetos.





















































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* Francisco Miguel de Moura, escritor, vive Teresina.

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