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Poesias-->Acenda-se -- 17/05/2002 - 11:45 (Enildo Netto Teodoro) |
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Acenda-se
Acenda-se como um mar de chamas
No qual fatalmente irei parar
Afogado no fundo, na lama
Ou queimado ao tentar respirar
Acenda-se como o sol da manhã
Que ilumina o espelho da lagoa
Que me mostra todo o afã
E me cegas ao te encarar a coroa
Acenda-se como a boca de um vulcão
Que joga luz ao céu no seu instante de ira
Que das casas expulsa a população
Que mata e me eterniza
Acenda-se como mulher do céu
Na doce figura da candura
No amargo gosto do fel
No instante rude da ternura
Acenda-se por fim da agonia
Como a primeira estrela a brilhar
Que sempre anuncia um novo dia
Não importando se ele um dia chegará.
Enildo Netto Teodoro
Rio 17 de Maio de 2002
Centro
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