Digamos que eu resolvesse de uma hora para outra me tornar um cientista e abandonasse tudo em nome desse ideal.Digamos também que eu encontrasse um bom patrocinador para as minhas pesquisas e fundasse com esse capital o Instituto “Lovehurts” de pesquisas humanas.

Digamos ainda que eu encontrasse voluntários para serem pesquisados pela minha ciência: a Amorologia.

Através da observação consentida das pessoas em seus ambientes de trabalho e convívio familiar eu descobria nuances profundas sobre o ser humano.

Como por exemplo que pessoas muito diferentes uma das outras formam um casal. Um extrovertido, falante e cheio de lábia com uma tímida, reticente e acanhada garota, uma exigente, controladora e segura mulher com um bagunceiro, desencanado e relaxado rapaz, um intelectual, racional e obliquo com uma surfista de cabelos tingidos e muito sentimental.Essa tensão entre os opostos estimula a busca, procuramos no outro o que nos falta ou o que gostaríamos de ter em nós.

Descobriria que o amor de cada individuo tem uma linguagem própria e que possivelmente simplificando-a chegaríamos a três grandes línguas do amor.O discurso, o toque e o cuidado.

Aqueles que falam a linguagem amorosa do discurso(aqui não falo só amor carnal entre homens e mulheres, mas do amor universal, seja ele qualquer identidade que assumir), só compreendem o amor falando ou ouvindo eu te amo, eu te quero, eu te adoro.

Os que falam a língua do toque manifestam seus sentimentos através do contato físico, então abraçam, massageiam dão as mãos, deitam no colo, são carinhosos, fazem cafuné, manhas.

Já os que se expressam através do cuidado demonstram o amor que sentem pelo outro cuidando deste, ajudando, dando apoio, fazendo tudo o que podem pelo ser amado.É uma lástima que nem sempre a linguagem de um seja a mesma do outro, por isso o segredo é integrar e aliar as três.



Andre Luis Aquino

http://andre.aquino12.blog.uol.com.br/