O Delúbio tem razão. Não há crise nenhuma. Tudo conversa fiada. Intriga da oposição. Conversa pra boi dormir. Não demora muito tempo. E todos vamos sorrir. Briguinhas de ocasião. Por conta da eleição. No final, não dá em nada. É piada de salão. Dinheiro levado em mala. Dinheiro que foi emprestado. Na base do confiado. Mentira de quem acusou. Fez a denúncia vazia. Verdade do denunciado. O dinheiro foi sacado. Só não foi contabilizado. A pressa assim exigia. Dinheiro de todas as fontes. Moedas e notas aos montes. Como banana na feira. E até dentro de cueca. Sem valor, uma merreca. Só póde ser brincadeira.
O Delúbio tem razão. Já explicou muitas vezes. Em tudo que é Comissão. E na Policia Federal. No cargo de tesoureiro. Tratava sobre dinheiro. O que se afigura normal. Não há porque estranhar. Não fez nada de ilegal. E como o serviço era grande. Arrumou um ajudante. O companheiro Valério. Executivo brilhante. Com crédito ilimitado. E um coração gigante. E boa reputação. No sistema financeiro. Muito amigo de banqueiro. Essa foi a sua história. Empréstimo sem garantia. Sem a nota promissória. Póde não ser piada. Mas a história, convenhamos. É pra lá de engraçada.
O Delúbio tem razão. A história é conhecida. Muita gente, por inveja. Vê a coisa distorcida. A história é parecida. Todo final de ano. Vem de novo a recaída. Com as chuvas de verão. O governo sai em campo. Para dar explicação. Sobre a queda de barreira. Sobre a inundação. Sobre as doenças que surgem. Sobre a vacinação.A chuva faz o papel. De bode expiatório. É a culpada de tudo. Do mosquito que transmite. A famosa hepatite. Do tipo A, B ou C. O governo se preocupa. Com gente como você. Campanhas são deflagradas. Informações reprisadas. Não deixem água parada. O risco é iminente. Diz o nosso presidente.
Mais recente, a aftosa. Tem boi na linha, babando. Diz-se em verso e prosa. Mas o nosso presidente. Que não é bobo nem nada. Priorizou a galinha. A gripe do galinheiro. Doença do estrangeiro. Do outro lado do mundo. Foi por falta de dinheiro. Que a vaca foi pro brejo. Cai a nossa exportação. Prejuízo de montão. Nosso boi foi preterido. Pelo frango de plantão.Entra em cena o carrapato. No lugar da aftosa. O carrapato-estrela. A febre muda de nome. Seu nome é maculosa. A estrela voltou à cena. Lá no Rio de Janeiro. À galope no cavalo. Todo mundo em polvorosa. A outra febre sumiu. Não se fala em aftosa.
O Delúbio tem razão. A mentira anda solta. A mentira garantida. Mentira sentenciada. Pelo egrégio Tribunal. Só resta ao governo, afinal. Esperar o Ano Novo. E as chuvas de verão. Para começar de novo. A tal da vacinação. Contra o tal do carrapato. Que apareceu na região. Perto de Itaipava. E aproveitar o momento. Vacinando contra raiva. Toda a população. De olho na reeleição. A história se repete. Caixa Dois e Mensalão. Tudo será investigado. A pizza com marmelada. Voltará a ser servida. Cozida, frita e assada. E só o cantor Roberto. O da ópera orquestrada. Que abusou da fantasia. Que mostrou o que não via. Será muito castigado. E tudo indica, será. O único a ser cassado.